Sem sucesso, a Prefeitura de São Paulo decidiu revogar a recomendação para que passageiros de ônibus da cidade viagem apenas sentados. A medida, que previa lotação máxima permitida do número de assentos do coletivo, estava em vigor desde o dia 6 de junho.
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O objetivo era impedir aglomerações dentro dos veículos, e assim conter a proliferação da covid-19 – doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). A recomendação veio em meio ao início da flexibilização da quarentena na capital paulista, com a reabertura de comércios de rua, shoppings e outros estabelecimentos.
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Para acompanhar a medida, a SPTrans aumentou consideravelmente a frota de ônibus para compensar o aumento no número de passageiros. Desde o dia 10, circulam em São Paulo 11.828 veículos – 92,31% da frota operacional nos dias úteis pré-quarentena.
Mesmo com mais coletivos nas ruas, muitos coletivos circularam acima da lotação máxima de passageiros sentados, principalmente de linhas que saem de regiões periféricas da cidade. A falha da medida motivou o pedido de demissão do ex-secretário municipal de Transportes Edson Caram.
Em documento encaminhado às empresas de ônibus, a SPTrans cita, entre os motivos para revogação da recomendação, que motoristas não têm poder de polícia para obrigar os passageiros a viajarem sentados.