José Serra (PSDB) é alvo de operação da Lava Jato na manhã desta sexta-feira (3). O senador paulista foi denunciado pelo Ministério Público Federal por lavagem de dinheiro transnacional. Sua filha, Verônica Allende Serra, também foi acusada. Nesta manhã, a Polícia Federal cumpre oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro, denominada Operação Revoada.
ANÚNCIO
Leia mais:
Bolsonaro sanciona lei de uso de máscaras, mas veta obrigatoriedade em igreja, comércio e órgão público
Estudante brasileira desaparece após embarcar em trem na Alemanha
«Segundo a denúncia oferecida pela força-tarefa Lava Jato de São Paulo, José Serra, entre 2006 e 2007, valeu-se de seu cargo e de sua influência política para receber, da Odebrecht, pagamentos indevidos em troca de benefícios relacionados às obras do Rodoanel Sul. Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse detectado pelos órgãos de controle», diz trecho da nota do MPF.
No período citado, Serra foi prefeito da Capital paulista (entre janeiro de 2005 e março de 2006) e governador do estado de São Paulo (janeiro de 2007 a abril de 2010). Ele teria recebido cerca de R$ 4,5 milhões a serem usados na campanha eleitoral, e mais R$ 23,3 milhões entre 2009 e 2010 para liberação de créditos junto à Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) por conta das obras no Rodoanel Sul.
A nota também detalha que as investigações indicaram que Verônica e o lobista José Amaro Pinto Ramos, tinham empresas no exterior, pelas quais receberam pagamentos da Odebrecht para Serra. Uma conta na Suíça relacionada ao caso teve bloqueio de R$ 40 milhões a pedido da Justiça Federal.