O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) se tornou réu por caixa dois, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na quinta-feira (30), a Justiça Eleitoral de São Paulo aceitou a denúncia contra o político feita pelo MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) há uma semana.
ANÚNCIO
Ele é acusado de receber R$ 11,3 milhões da empreiteira Odebrecht nas duas campanhas ao governo de São Paulo em 2010 e 2014. A denúncia foi aceita pelo juiz Marco Antonio Martin Vargas, titular da 1ª Zona Eleitoral da cidade de São Paulo.
O indiciamento acompanha um inquérito da operação Lava Jato, que investiga repasses, via caixa dois, feitos pela empreiteira. Além de Alckmin, também foram indiciado o ex-tesoureiro do PSDB Marcos Monteiro, que teria intermediado os pagamentos.
Veja também:
Abraham Weintraub será diretor-executivo no conselho do Banco Mundial
Covas diz que Secretaria de Saúde é que vai definir retorno das aulas em SP
A investigação teve início em 2017, com depoimentos de executivos da Odebrecht feitos após acordos de delação premiada. A empreiteira, porém, não aparece como doadora nas duas campanhas em que o dinheiro teria sido repassado – R$ 2 milhões em 2010 e R$ 9,3 milhões em 2014.
Em nota, a defesa de Geraldo Alckmin afirmou que as acusações são “falsas e injustas”, afirmou que o ex-governador não teve, até o momento, oportunidade de se defender. “A verdade e a justiça prevalecerão, pois nunca recebeu valores a título de contribuição de campanha eleitoral que não tenha sido devidamente declarados”, diz a nota.
Os advogados de Marcos Monteiro negam as acusações ao cliente e confiam que ele provará sua inocência na Justiça. “Marcos Monteiro não tem qualquer relação com as obras realizadas pela Construtora Norberto Odebrecht.”