Enquanto 53,6% da população do país é negra, segundo IBGE, apenas 6% das bonecas disponíveis nos sites de fabricantes da Abrinq (Associação Brasileira de Fabricantes de Brinquedos) representam essas pessoas.
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O dado faz parte da terceira edição do levantamento sobre a disponibilidade de modelos de bonecas à venda: Cadê Nossa Boneca, da Avante Educação e Mobilização Social. Ao todo, foram identificados 1.093 modelos de bonecas em 14 sites de fabricantes de brinquedos associados à Abrinq. De todas as pesquisadas, apenas oito possuíam bonecas negras em seus inventários.
Nos estudos realizados em 2016 e 2018, os números foram semelhantes: 6,3% e 7%, respectivamente. Mostrando que, mesmo depois de quatro anos de pesquisa, a representatividade das bonecas não teve mudança significativa.
“Ter bonecas pretas é necessário para uma educação mais justa, para alcançar as ideias de diversidade, de valorização do sujeito, de fortalecimento da autoestima, das inter-relações pessoais e sociais da criança”, afirma Ana Marcílio, psicóloga, consultora associada da Avante e idealizadora da campanha.