A repórter Nathália Kahwage e o cinegrafista cinegrafista Wanderley Prestes que trabalham na TV Liberal, afiliada da Globo no Pará, foram mantidos como reféns durante uma reportagem sobre enchentes no bairro de Curio-Utinga, em Belém, capital do estado.
Segundo informações do G1, os dois entraram em uma igreja evangélica com autorização de um obreiro e da Defesa Civil. No entanto, um outro homem que dizia ser pastor da igreja afirmou que eles não poderiam sair de lá até que a polícia chegasse.
De acordo com informações da repórter e dos cinegrafista, alguns integrantes tentaram intimidá-los para não registrar a igreja evangélica. Os dois conseguiram realizar gravações e uma delas chegou a ir ao ar no jornal local da cidade.
No vídeo, é possível ouvir um membro da igreja dizendo: “Você não vai sair”. Eles conseguiram deixar o local e registraram boletim de ocorrência. A repórter comentou com a polícia que “tentava andar em direção à porta, porém eles seguravam pelo braço e ombro. As pessoas começaram a tentar tirar a câmera das mãos de Wanderley”.
Ela ainda comentou que “o homem (pastor) passou a ameaçar, dizendo que se se a matéria fosse ao ar doe iria matar Wanderley”. Em nota, a TV Liberal criticou a situação.
“O papel do jornalismo é estar junto da comunidade e a equipe estava realizando este trabalho. A TV Liberal acredita que toda essa violência injustificável e covarde decorre da intolerância e da incapacidade de compreender a atuação jornalística, que é a de levar informação aos cidadãos. Tal atitude feriu a liberdade de expressão e de imprensa. Além de atentar contra a equipe jornalística, estas pessoas atacaram o direito da sociedade de ser livremente informada. A liberdade de imprensa e o direito à informação são básicos nas sociedades democráticas, e estão sendo desrespeitados pelo autoritarismo. Sem jornalismo, não há democracia”, afirmou em nota.
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