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São Paulo confirma 2 casos da variante do vírus que parou o Reino Unido

O governo de São Paulo confirmou na segunda-feira (4) os dois primeiros casos no Brasil de infecção pela variante do novo coronavírus. Saiba mais.

O governo de São Paulo confirmou na segunda-feira (4) os dois primeiros casos no Brasil de infecção pela variante do novo coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido e que provocou o endurecimento do lockdown entre os britânicos no mês passado.

A confirmação foi feita pelo Instituto Adolfo Lutz, vinculado ao estado e que fez o sequenciamento genético de amostras enviadas pelo laboratório privado Dasa no último sábado. Segundo a secretaria da Saúde, os pacientes são jovens: uma mulher de 25 anos e um homem de 34 anos.

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A mulher mora em São Paulo e se infectou após contato com viajantes que passaram pela Europa e estiveram no Brasil. Ela começou a passar mal no último dia 20 e apresentou sintomas como dor de cabeça, tosse e perda de paladar.

Sobre o homem, a secretaria informou que “a equipe de Vigilância Epidemiológica está investigando o histórico do caso, bem como local de moradia e sintomas”. Outras duas contaminações suspeitas foram descartadas.

Mutação perigosa

Os dois casos confirmados são da linhagem B.1.1.7 do vírus, que foi registrada pela primeira vez no Reino Unido e já foi identificada em quase 20 países. Em terras britânicas, essa variante demonstrou ter alto poder transmissão – até 70% mais – e já é responsável pela metade dos novos casos de covid-19 por lá.

Foi por conta desses impactos que o Reino Unido ampliou as restrições em dezembro e determinou lockdown em partes da Inglaterra enquanto diversos países fecharam aeroportos para aviões ingleses.

Segundo especialistas, mutações em vírus são comuns. Ainda não há comprovação científica de que a linhagem B.1.1.7 tenha poder para provocar mais mortes pela covid-19 e nem mesmo que possa ser transmitida mais rapidamente – ainda que isso tenha sido observado no Reino Unido.

A secretaria da Saúde de São Paulo acompanha os casos e afirmou que “o comportamento de um vírus pode ser diferente em locais distintos em virtude de fatores demográficos e climáticos”.

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