O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na tarde desta sexta-feira (dia 22), durante coletiva de imprensa do Palácio dos Bandeirantes, que não vai ceder às pressões de setores e empresários em detrimento da preservação da saúde da população do Estado frente à segunda onda da pandemia da Covid-19.
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“São Paulo não vai ceder. São Paulo vai proteger. Aqui nós temos compaixão, temos compreensão. Obedecemos à razão e ela está na ciência”, afirmou.
De acordo com as atualizações do Plano São Paulo, apresentadas hoje, sete regiões foram classificadas na fase vermelha. Capital e Grande São Paulo passarão para a laranja. As medidas valem de segunda-feira (dia 25) até o dia 7 de fevereiro.
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Doria relacionou a crise de Manaus, no Amazonas, à abertura de restaurantes, bares, mercados e comércios e garantiu que o mesmo não vai acontecer em sua gestão. “Pressionaram o governador e o prefeito a revisaram o programa de quarentena e, infelizmente, essas pessoas venceram. As autoridades cederam às manifestações e voltaram a abrir o que deveria ser mantido fechado. O resultado foi o aumento de pessoas infectadas e óbitos.”
O governador disse compreender as opiniões contrárias ao endurecimento da quarentena, porém pediu reflexão. “Sem vida não há economia. Precisamos primeiro cuidar das pessoas e garantir que elas estejam vivas para ir à comércios, parques e áreas de lazer”, pontuou.
Doria fez ainda um pedido de colaboração à população e criticou a conduta que vem sendo adotada. “Nos ajudem a conter a pandemia. Nesta virada de ano assistimos cenas dramáticas, de pessoas em festas, sem máscara, se abraçando e multiplicando a Covid-19.”