Três médicos do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), localizado na cidade de Brasília, foram condenados pela Justiça do Distrito Federal, após esquecerem compressas cirúrgicas no abdômen de uma jovem de 18 anos, depois de um parto na modalidade cesariana.
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O fato aconteceu no ano de 2013, porém somente agora teve seu desfecho.
Segundo informações levantadas, a jovem, que como informado anteriormente, na época tinha 18 anos, foi ao hospital para realizar o parto de seu primeiro filho e cerca de 3 dias após receber alta, começou a sentir fortes dores na zona lombar, acompanhadas de náuseas e outros sintomas.
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Como os indícios físicos não cessaram, a jovem procurou auxílio médico em um hospital de Ceilândia, local em que foi realizado um exame de tomografia e com isso identificado as compressas.
Michele da Silva Pereira, como se chamava, passou por uma cirurgia de emergência, porém não resistiu.
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Os médicos, um cirurgião e duas residentes, negaram as acusações, porém da mesma forma foram sentenciados a 1 ano e 3 meses de prisão, em regime aberto, por homicídio culposo (considerado sem intenção de matar).
De toda forma, de acordo com o médico Márcio Souza, que representa a Promotoria de Justiça Criminal de Defesa dos Usuários dos Serviços de Saúde do Ministério Público do Distrito Federal, há contradições no depoimento compartilhado pelos profissionais.
“Existem protocolos bem rígidos para evitar esses problemas. Há um formulário, que geralmente fica com um técnico de enfermagem, que tem que ser preenchido com todos esses detalhes. Se eu te dei 10 gazes, você me devolve as 10 antes de finalizarmos o procedimento. No primeiro interrogatório, o médico diz que não se lembra de ter contado as compressas. Ele mesmo assume que não contou”, relatou.
Não satisfeita com a decisão, a promotoria anunciou que irá recorrer, pedindo a condenação máxima, que seria de 4 anos. Cabe também recurso aos profissionais acusados.
Até o momento não foram compartilhados novos detalhes sobre atualizações dos autos (Com UOL).