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Saiba quais são as competências necessárias para mandar bem no home office

Há cerca de um ano, o home office deixou de ser exceção para virar quase regra. De um dia para outro, a pandemia da Covid-19 forçou a expansão sem precedentes do modelo de trabalho à distância.

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Colaboradores, em sua maioria, aprovaram a experiência. É o que mostra uma pesquisa da Global Line em parceria com a Worldwide ERC. Realizado com 145 empresas multinacionais que atuam no Brasil, o estudo apontou que 58% dos profissionais estão “muito confortáveis” com o trabalho remoto, enquanto 36% estão “confortáveis”. Apenas 6% se consideram “desconfortáveis”.

Outro levantamento, desta vez feito pela VR Benefícios, indica que 40% das empresas ainda não têm um plano para o retorno ao trabalho presencial, o que nos faz pensar que o home office pode ter vindo para ficar.
Manter a produtividade em alta longe do escritório, porém, pode ser um desafio. Por isso, o aperfeiçoamento de algumas competências se faz necessário.

“É preciso ter capacidade de concentração e conseguir se isolar do resto do mundo e da noção de estar em casa”, afirma Fernanda Medei, CEO e fundadora da HR Tech Medei.

Saber gerenciar o tempo e as prioridades também é fundamental, segundo a especialista. “O trabalho e as demandas não mudaram, mas agora não há mais gestor presente para pressionar, sendo preciso que o funcionário compreenda as reais necessidades do momento.”

Por último, Fernanda cita a automotivação como pilar na busca pelo bom desempenho profissional nos novos tempos. “É importante que a pessoa consiga ter a noção de que ela é a única responsável pela sua motivação e que estará sozinha na maior parte do tempo”, diz.

Algumas mudanças de hábito podem ajudar o funcionário estabelecer uma rotina mais saudável e, ao mesmo tempo, focada em resultados, como explica Cibele Stefani, head of Talent Experience da Skore, plataforma de aprendizagem para empresas.

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Organize um local de trabalho com mesa e cadeira adequadas. Monte uma rotina, estabelecendo horário para começar e finalizar. Planeje o seu almoço e defina os objetivos a serem alcançados no dia”, orienta. “Outro conselho é desativar as notificações das redes sociais nos momentos que exigem mais concentração e criar ciclos de produtividade, definindo intervalos de descanso entre eles”, completa.

Ganhos X perdas

Cibele e Fernanda acreditam que o modelo híbrido de trabalho – com parte do tempo em casa e parte no escritório – será a tendência a partir do momento em que a pandemia retroceder. Isso, porque o home office apresenta muitas vantagens, mas também alguns pontos negativos, estes supridos pelo esquema presencial.

“Como aspectos positivos destaco a possibilidade de conseguir trabalhar de qualquer lugar, diminuir o tempo perdido com deslocamento, flexibilidade de horário, autonomia e equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Mas há excesso de reuniões, solidão, dificuldade de organização de rotina, diminuição de vínculos e interações pessoais”, afirma Cibele.

Na visão de Fernanda, o ganho está na concentração, caso a pessoa esteja empenhada de fato, claro. “Entretanto, um dos problemas é que o livre fluxo de ideias fica estancado em função do isolamento. Outro lado ruim é que o trabalho tende a ficar mais lento, pois demandas imediatas que poderiam ser atendidas com um pedido podem acabar não sendo”, finaliza.

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