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Mulheres são maioria dos passageiros de ônibus e fazem menos teletrabalho, aponta pesquisa

Estudo apontou que 57% dos passageiros dos ônibus da cidade são mulheres jovens, negras e com Ensino Médio completo.

A maioria das pessoas que circula de ônibus pela cidade de São Paulo são mulheres. A constatação está em uma pesquisa feita pela SPTrans e divulgada na última quarta-feira (dia 26), durante o Webinar Maio Amarelo: “Gênero, segurança e mobilidade”.

O estudo “Pesquisa de Hábitos e Intenções de Uso no Pós-Pandemia” apontou que 57% dos passageiros são mulheres jovens, negras, com Ensino Médio completo, ocupações no setor do comércio e renda média familiar de R$ 2.400, da classe C.

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A pesquisa foi feita pela Assessoria de Pesquisa da Diretoria de Planejamento de Transporte da SPTrans entre setembro e outubro do ano passado com cerca de 600 passageiros do sistema municipal e mostrou ainda que para 70% dos passageiros de ônibus da cidade o trabalho tem de ser realizado presencialmente.

Segundo o levantamento, embora neste momento de pandemia haja uma migração dos homens para o carro ou moto e das mulheres para andar a pé ou pelo uso de aplicativos, a tendência é de permanência no transporte público e que ele continue sendo utilizado especialmente por mulheres.

A coordenadora do Grupo de Trabalho de Ações Contra Violência de Gênero, Raça e Diversidade na Mobilidade Urbana da SMT, Luciana Durand, afirma que, embora a grande ordem seja ficar em casa, esta não é a realidade do perfil dos passageiros de ônibus. Ainda de acordo com a especialista, não bastasse a mulher ser a que mais perdeu emprego e ter redução de renda, foi ela quem teve menor oportunidade de atuar em home office.

O estudo indica a necessidade de haver ações para recuperar e manter a demanda de passageiros no pós-pandemia, tais como combater o abuso sexual, realizar ações de limpeza, higienização, ventilação dos veículos, investir na regularidade do serviço, promover comunicação com o usuário e priorização viária do transporte público. A íntegra da pesquisa deve ser divulgada em junho.


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