Pandemia. Após semana marcada pela escassez de imunizantes em diversos postos, prefeitura garante continuidade do calendário com ajuda da dose única da vacina americana
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O calendário de imunização contra a covid-19 na capital será retomado hoje com a vacinação de pessoas com 46 anos. Será o primeiro dia com a vacina Janssen, de dose única, disponível nos postos de São Paulo.
A prefeitura tenta manter a campanha em ritmo acelerado após uma semana marcada pela escassez de imunizantes em diversos pontos de vacinação. O chamado “apagão” de vacinas ocorreu ao menos duas vezes nos últimos sete dias.
O principal reforço na imunização contra a covid-19 da população em São Paulo chegou do PNI (Plano Nacional de Imunização) no sábado. Cerca de 114 mil doses da vacina da Janssen foram distribuídas às 468 UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da capital no final de semana. Com o imunizante de dose única nos locais de vacinação, a expectativa da Prefeitura de São Paulo é que não ocorra falta de doses como na semana passada.
Cerca de 14 mil unidades das 114 mil doses serão destinadas à população de rua da cidade. A ideia da gestão municipal é garantir a imunização deste grupo mais vulnerável, tendo em vista que a vacina Janssen dispensa o retorno para complemento do esquema vacinal.
Além da vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson, outras três são utilizadas na capital atualmente: CoronaVac, Oxford/AstraZeneca e Pfizer.
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De acordo com o calendário atualizado da Secretária Municipal de Saúde, somente pessoas com 46 anos devem se dirigir aos postos de vacinação hoje. A partir de amanhã, o público com 45 anos também poderá receber a tão esperada dose contra a covid-19.
Inicialmente, os dois grupos poderiam se vacinar hoje, mas houve outra reformulação no calendário de imunização também com o objetivo de garantir as doses nos postos.
Letalidade sobe em quase todo estado
Levantamento realizado pelo Cosems-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde de São Paulo) revelou que a letalidade da covid-19 subiu em quase todas as regiões do estado neste ano, com altas de até 50%.
A letalidade é um indicador que mede a severidade de uma doença ao indicar a proporção de mortes entre o número de infectados.
O maior aumento foi verificado na área de Bauru, onde a taxa passou de 1,6 para 2,4 na comparação entre janeiro e junho deste ano – uma alta de 50%. Em São João da Boa Vista, o índice subiu 42,9% (de 2,1 para 3) e, em Araçatuba, a taxa cresceu 39,1% (de 2,3 para 3,2). O aumento na Grande São Paulo foi de 7,7% (de 3,9 para 4,2).
De acordo com o Cosems-SP, além da severidade de uma doença, a letalidade também ajuda a entender a qualidade e a disponibilidade da assistência de saúde de uma determinada região.