O prédio que desabou parcialmente em Surfside, em Miami, foi completamente demolido na madrugada desta segunda-feira com uma explosão controlada.
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A medida foi tomada em função da aproximação da tempestade tropical Elsa, com ventos de 100 km/h, que deve chegar na costa da Flórida nesta terça-feira. As autoridades temiam que a tempestade derrubasse o restante da estruturas e colocasse as equipes de busca e os prédios dos arredores em risco.
As buscas foram interrompidas no fim de semana para preparar a demolição do edifício. Até esse domingo, havia sido computado um total de 24 mortos e 121 pessoas desaparecidas.
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Veja imagens da demolição
As causas do desabamento de toda lateral do prédio, conhecido como Champlain Towers South, continua sob investigação.
Há cerca de uma semana, o jornal The New York Times publicou uma matéria apontando que o prédio havia sido periciado por um engenheiro civil, em 2018, que havia apontado em seu relatório problemas na estrutura do edifício.
Segundo o laudo do engenheiro Frank Morabitom havia rachaduras nas colunas, vigas e paredes do estacionamento, que fica embaixo do prédio que necessitavam de reparos urgentes. O engenheiro apontou ainda, na época, que se a impermeabilização do prédio não fosse rapidamente refeita, haveria uma “deterioração exponencial” do concreto das colunas.
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A administradora disse que as obras apontadas em 2018 estavam programadas para serem executadas neste ano, 3 anos depois do laudo do perito.
COMO FOI O ACIDENTE EM MIAMI
Moradores da região de Surfside, na Flórida, foram acordados por volta da 1h de uma quinta-feira do dia 24 de junho com estouros semelhantes a trovões que duraram pelo menos 30 segundos. Muitos foram checar nas sacadas e janelas e ficaram espantados com a nuvem de poeira que subiu e também ao notarem que toda parte de trás do prédio havia desabado.
O prédio foi construído em 1981 faz parte de um condomínio com três torres localizadas na Baía de Biscayne e, segundo autoridades locais, passava por um processo de avaliação e necessitava de reformas.