Os bombeiros que atuam no salvamento aquático em Mongaguá, no litoral sul de São Paulo, contam com um «reforço animal«. Dois cães, que foram acolhidos no Posto 3 dos Guarda-Vidas da cidade, fazem questão de acompanhar as rondas na praia, até mesmo no mar. Um vídeo gravado pela corporação mostra que os bichos são bem velozes e não têm medo da água. Assista abaixo:
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A capitão Karoline Burunsizian Magalhães, comandante do 2º Subgrupamento de Bombeiros Marítimo, contou ao Metro World News que os dois cães apareceram no posto dos guarda-vidas e nunca mais foram embora. Eles acompanham os treinamentos e acreditam que são verdadeiros bombeiros.
«Não sabemos se eles foram abandonados, se tinham donos. Eles simplesmente apareceram e foram ficando. Claro que foram acolhidos por nós, alimentados, e nunca mais foram embora. Eles fazem questão de estar sempre junto das equipes, acompanham nas corridas matinais, nas rondas. Realmente acreditam que fazem parte da equipe», conta a capitão.
Os animais, dois machos com idades acima de três anos, ganharam o coração dos guarda-vidas e foram carinhosamente batizados como MA (moto aquática) e BSI (bote de salvamento inflável).
Karoline explica que o vídeo, divulgado nas redes sociais do Corpo de Bombeiros, foi gravado durante uma ronda de rotina no último fim de semana. «Foi durante um patrulhamento preventivo, no qual o bombeiro estava em uma moto aquática e seguia até perto do raso, fazendo o alerta a banhistas sobre o perigo de correntes de retardo e de buracos. Aí o bombeiro percebeu que estava sendo acompanhado pelos cães e se aproximou da praia para mostrar a reação deles.»
‘Cãopanheiros’
A capitã conta que é comum que animais sejam acolhidos em postos de guarda-vidas e que eles costumam acompanhar os bombeiros por todo lado. «Temos um caso de um cão chamado Luan, de 12 anos, que fica no posto da Praia Grande. Ele seguia os bombeiros o dia todo e chegava a correr até 40 km por dia. Ele tinha um ótimo condicionamento. Hoje já está velhinho, mas segue por lá», diz.
Karoline ressalta que ninguém deve abandonar animais, mas que os bombeiros acabam acolhendo aqueles que aparecem nos postos. «A gente preza pela vida, por todas elas. Quando aparece um cão, a gente tenta procurar o dono, tenta achar alguém para adotá-lo, mas nem sempre é possível. Eu mesma já cheguei a levar cachorro para casa. Então a gente acaba cuidando os bichinhos ali pela redondeza», conta.
E não é apenas durante o patrulhamento que MA e BSI acompanham os guarda-vidas. «Eles acabam fazendo a segurança do posto. Quando vêem alguém fardado agem normalmente, mas se alguém com roupas normais se aproxima, eles já latem e ficam em posição de alerta», concluiu.