A Polícia Civil investiga se a jovem Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, presa por tráfico de drogas, tinha ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação apura se ela e o namorado, André Luiz Santos de Almeida, que também está preso, faziam pagamentos semanais para a facção criminosa paulista.
Segundo o delegado Roberto Monteiro, todas as pessoas que foram presas durante a Operação Carontes, que apura o tráfico de drogas na região central de São Paulo, também são investigadas por ligação com organizações criminosas. Sendo assim, os inquéritos tramitam na Vara Especializada de Combate à Lavagem de Dinheiro e Crime Organizado.
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Ainda segundo o delegado, o PCC se auto intitula como o líder do tráfico na região da Cracolândia. Assim, para comercializar os entorpecentes no local, todos precisam pagar um aluguel semanal. Dessa forma, conseguem vender e transitar com «segurança» com as drogas.
Lorraine foi presa na última quinta-feira (22), no município de Barueri, na Grande São Paulo, também em ação integrante da Operação Carontes. Ao ser levada pelos policiais, ela confessou que tinha entorpecentes escondidos em um hotel na região da Cracolândia.
A jovem, que tem uma filha de 1 ano de idade, já cumpria prisão domiciliar desde o dia 30 de junho, mas voltou a ser flagrada pelos policiais comercializando as drogas e teve o pedido de prisão feito pelas autoridades. No dia seguinte, a prisão dela foi convertida de temporária para preventiva.
Lucro de R$ 6 mil por dia
De acordo com as investigações, Lorraine lucrava, em média, R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas. Ela pegava um quilo por cerca de R$ 21 mil o vendia por até R$ 35 mil.
Imagens de um relatório da investigação mostram a jovem vendendo drogas dentro de tendas na Cracolândia, ao lado do namorado. Segundo a polícia, ela também era responsável por levar os entorpecentes para abastecer os locais onde eles eram escondidos. Para não chamar a atenção, usava roupas escuras e com capuz na cabeça.
O namorado dela foi preso em junho deste ano e, desde então, a jovem assumiu o comando do comércio de drogas. A investigação aponta que ela era quem fazia os repasses de dinheiro ao PCC, organizava onde os entorpecentes seriam escondidos e ia diretamente para as tendas para atender o «fluxo» de usuários.
Lorraine se apresentava nas redes sociais como influencer. A polícia diz que a “gatinha” costumava ostentar com fotos com objetos de luxos e durante viagens, tudo com o dinheiro obtido pela venda de drogas.