O Ministério Público de Goiás (MP-GO) recebeu mais duas denúncias contra o prefeito de São Simão, Assis Peixoto (PSDB), que foi preso por suspeita de crime contra a dignidade sexual de menor. Segundo o órgão, o político teve a prisão preventiva mantida durante audiência de custódia realizada na sexta-feira (30). As investigações sobre o caso devem ser concluídas nesta semana.
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Na última quinta-feira (29), o prefeito foi interrogado pelos promotores, mas preferiu se manter em silêncio. Segundo o MP, pelo menos oito vítimas procuraram o órgão para denunciar Peixoto. Nesta semana, a Promotoria de Justiça de São Simão deverá ouvir outras duas pessoas para esclarecer o caso.
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Assis Peixoto, de 58 anos, está preso preventivamente desde a tarde de quarta-feira (28), quando foi deflagrada a Operação Paideia. A mãe de uma das vítimas, de 15 anos, procurou as autoridades para denunciar que o político fez várias videochamadas para o filho e, em uma delas, chegou a mostrar as partes íntimas.
O advogado Dimas Lemes Carneiro Júnior, que defende o político, disse que a prisão é “desnecessária” e, assim que tomar conhecimento de todo o processo, vai protocolar um pedido de habeas corpus.
Em nota enviada ao Metro World News, a Prefeitura de São Simão destacou que «são acusações infundadas, que serão esclarecidas ao longo das investigações».
Partes íntimas
A mãe da vítima de 15 anos relatou que o político procurou o filho dela e se apresentou como sendo o prefeito. Em uma das ligações, o menor conseguiu gravar e ela percebeu que se tratava de um caso que deveria ser denunciado à polícia. Assim, ela procurou as autoridades e entregou a gravação, na qual é possível ver o rosto do prefeito.
Uma cópia de uma das conversas por um aplicativo mostra que o suspeito diz ao adolescente: “Quer ver?”. O menor então responde: “Vou ligar e você mostra”.
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O caso segue em segredo de justiça e não foi revelado quando o prefeito ligou para o adolescente.
Assis Peixoto é investigado pelos crimes de oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir ou divulgar fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, e também pelo crime de praticar contra alguém, sem a sua anuência, ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro.
Operação Paideia
Segundo o MP-GO, a Operação Padeia, que resultou na prisão do prefeito, foi deflagrada na quarta-feira (28). Além do mandado de prisão preventiva contra o político, também foram cumpridos mais três mandados de busca e apreensão.
Os policiais estiveram na sede da Prefeitura de São Simão e em um hotel, que pertence a familiares de Assis Peixoto. No entanto, não foram revelados quais os objetos apreendidos.