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Mais de 60 países pedem para que afegãos e estrangeiros possam deixar Afeganistão

As pessoas estão tentando deixar o Afeganistão após o Taleban tomar a capital Cabul e voltar ao poder depois de 20 anos.

Após o Tabelan reassumir o controle do Afeganistão, os Estados Unidos e mais 60 países emitiram um comunicado conjunto no domingo, 15, pedindo que cidadãos afegãos e estrangeiros tenham permissão para deixar o país se assim desejarem. Ao longo do domingo e da manhã desta segunda-feira, 16, um tumulto no aeroporto de Cabul deixou mortos e feridos.

As pessoas estão tentando deixar o país após o Taleban tomar a capital Cabul e voltar ao poder depois de 20 anos. O presidente do país fugiu do Afeganistão e o palácio presidencial foi tomado no domingo.

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«Devido à deterioração da situação de segurança, nós apoiamos, estamos trabalhando para garantir e pedimos que todas as partes respeitem e facilitem a saída segura e ordenada de estrangeiros e afegãos que desejam deixar o país», diz o texto divulgado pelo Departamento de Estado norte-americano.

O Brasil não está entre as nações signatárias do documento. A lista inclui, entre outros países, França, Alemanha, Reino Unido Portugal, Canadá, Japão, Coreia do Sul e Catar. Entre os governos sul-americanos, Chile, Colômbia, Paraguai e Guiana assinam o texto.

O comunicado pede que estradas, aeroportos e postos de fronteiras permaneçam abertos. «O povo afegão merece viver com segurança, proteção e dignidade. Nós, da comunidade internacional, estamos prontos para ajudá-los», conclui.

Nesta segunda-feira, um dos porta-vozes do Taleban disse à Reuters que ainda é cedo para afirmar como o grupo vai governar o Afeganistão. «Nós queremos que todas as forças estrangeiras deixem o país antes de começarmos a reestruturar a governança.»

Tumulto no aeroporto

Um tumulto no aeroporto de Cabul deixou mortos nesta segunda-feira, quando uma multidão tentava embarcar em aviões para deixar o Afeganistão, agora dominado pelo Taleban. O número de mortos não foi confirmado.

O jornal americano The Wall Street Journal fala em três mortos por armas de fogo.

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A agência de notícias Reuters cita relatos de testemunhas de que cinco pessoas foram mortas, sem dizer se as vítimas foram atingidas por disparos de armas de fogo ou pisoteadas durante a confusão.

Os voos comerciais foram cancelados, e apenas viagens militares ocorrem no local. «Por favor, não venha para o aeroporto», disse uma autoridade do aeroporto.

Durante o tumulto, tropas dos EUA, que estavam no aeroporto para ajudar os cidadãos americanos a embarcarem, atiraram para o alto. «A multidão estava fora de controle», afirmou um oficial à Reuters. «O disparo foi feito apenas para neutralizar o caos.»

Entre domingo e segunda, voos comerciais foram suspensos e grandes companhias aéreas, entre elas a Emirates e a United Airlines, anunciaram que, por enquanto, vão evitar o espaço aéreo afegão.

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‘Situação pacífica’ e diálogo com a Rússia

Autoridades do Taleban disseram nesta segunda que não receberam relatos de confrontos em todo o país desde que tomaram Cabul. «A situação é pacífica, de acordo com nossas informações», disse um dos principais membros do grupo extremista.

O encarregado russo para o Afeganistão, Zamir Kabulov, afirmou nesta segunda que o embaixador de seu país em Cabul se reunirá na terça-feira, 17, com os taleban e que a Rússia decidirá se reconhece ou não o governo do Taleban de acordo com suas «ações».

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«Nosso embaixador está em contato com líderes taleban e amanhã se reunirá com o coordenador do Taleban», disse Kabulov à rádio Ekho Moskvy. «O reconhecimento ou não dependerá das ações do novo regime.» COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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