O Ministério Público de Goiás (MP-GO) fez novas denúncias contra João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, desta vez por estupro de vulnerável envolvendo oito mulheres. Segundo o órgão, os crimes foram cometidos na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. Com essa acusação, já chega a 15 o número de denúncias contra o médium.
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Segundo o MP-GO, a denúncia, oferecida pela Promotoria de Justiça de Abadiânia na sexta-feira (13), relaciona outras 44 vítimas, mas, em razão de os crimes estarem prescritos ou ter decaído o direito de representação da ofendida, elas figuraram como testemunhas, notadamente para reforçar a forma de agir do denunciado.
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João de Deus, que chegou a ficar preso em Aparecida de Goiânia entre dezembro de 2018 e março de 2020, porém, em razão da pandemia de covid-19, foi autorizado a ficar em prisão domiciliar em casa, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.
O denunciado nega todos os crimes que é apontado como autor. Sobre essa nova ação do MP-GO, a defesa informou, em nota, que «ainda não foi cientificada dessa nova denúncia de modo que aguardará a citação do réu para apresentar a sua versão sobre estes fatos.»
A denúncia de estupro de vulnerável é assinada pelo promotor de Justiça Luciano Miranda Meireles, que coordenou a força-tarefa montada pelo MP-GO no fim de 2018 para apurar os crimes atribuídos a João de Deus, que vieram à tona após reportagem exibida no programa de televisão Conversa com Bial, da Rede Globo. Da investigação participaram também os promotores de Justiça Paulo Eduardo Penna Prado, Gabriella de Queiroz Clementino e Renata Caroliny Ribeiro e Silva.
Segundo apontam os promotores de Justiça, os crimes da 15ª denúncia aconteceram entre 1986 e 2017, sendo as vítimas dos Estados de Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo. O promotor de Justiça Luciano Miranda esclarece que, entre as provas apresentadas, estão relatos e testemunhos.
Condenações
Em razão das denúncias anteriores do MP-GO, João de Deus já foi condenado por posse ilegal de arma de fogo, em novembro de 2019, quando pegou pena de 4 anos em regime semiaberto. Em seguida, em dezembro do mesmo ano, foi condenado a 19 anos de prisão em regime fechado por crimes sexuais contra quatro mulheres.
Em janeiro de 2020, João de Deus foi novamente condenado por crimes sexuais, mas desta vez contra cinco mulheres. A pena foi de 40 anos de prisão em regime fechado. Além disso, na mesma data, ele foi condenado a dois anos de prisão pelo crime de violação sexual mediante fraude.