A Polícia Civil de Goiás prendeu um homem suspeito por sete crimes de estelionato cometidos contra vitimas, especialmente mulheres, em cidades no Entorno no Distrito Federal. De acordo com a investigação, o «Don Juan», como ele é conhecido, se passava por fiscal da Receita Federal e de outras instituições para roubar dinheiro.
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O mandado de prisão preventiva contra David Alves Bezerra, de 30 anos, foi cumprido na segunda-feira (16). No entanto, ele já cumpre pena no Presídio de Caucaia, no Ceará.
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A Polícia Civil de Goiás estima que o suspeito tenha causado prejuízo de mais de R$ 50 mil com os golpes. A investigação aponta que ele procurava mulheres e as persuadiam a encontrar compradores para os supostos objetos que vendia, por isso, o nome «Don Juan», já que ele seduzia as vítimas e fazia promessas que não eram cumpridas.
A investigação aponta que David, que também usava os apelidos de Berlim e Alemão, fingia ser analista da Receita Federal e fez, pelo menos, sete vítimas em Valparaíso de Goiás. No entanto, ele, que é natural de Fortaleza, responde a mais de 70 estelionatos nos estados de Santa Catarina, Roraima, Mato Grosso e no Distrito Federal.
O Metro World News não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a publicação desta reportagem.
Golpes
Para enganar as vítimas, a polícia diz David se passava servidor público e dizia ter acesso a bens apreendidos pela Receita Federal e fazendas estaduais e se utilizava desse ardil para oferecer aparelhos eletrônicos e bens importados de elevado valor econômico às vítimas. Para tanto, ele falava que tinha acesso à lotes de produtos que iriam a leilão, mas que conseguiria vender tais objetos por preços bem abaixo do mercado.
Com isso, ele conseguia que as vítimas realizassem transferências financeiras na promessa de entrega de celulares, notebooks, perfumes importados, computadores, dentre outros. As vítimas transferiam os valores, e, na data acordada para entrega dos objetos, David desaparecia. Para isso, ele se utilizava de contas bancárias de terceiros, os quais caíam no encanto do golpista, sacavam os valores e repassavam para ele.
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Sedução e vida de luxo
Segundo o delegado Leonilson Pereira, o investigado tinha uma vida nômade e aplicava golpes por todo o país. Onde ele chegava, procurava mulheres para de relacionar amorosamente e as persuadia a captar as vítimas do seu meio, estabelecendo um ciclo de confiança para que as vitimas caíssem facilmente no golpe, por esse motivo ele tinha por alcunha “Don Juan”. Após pouco tempo em cada cidade, ele se mudava. Estima-se que ele tenha feito mais de 90 vítimas pelo país.
“Durante as investigações, tivemos acesso a imagens que demonstram uma vida de luxo que o acusado levava, o qual exibia suas viagens, andanças em carros de luxo e manuseio de altos valores em dinheiro, menosprezando inclusive a atividade policial que o investigava”, conta o investigador. Para dar maior credibilidade à sua atuação, ele se expunha nas redes sociais como servidor público e enviava imagens uniformizado para as vítimas, disse o delegado.