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Professora diz que foi vítima de racismo ao ser acusada de furtar carne em supermercado de SP

Mulher negra pesquisou preços e, quando saía, foi abordada por segurança.

Professora diz que foi vítima de racismo em supermercado de SP
Professora diz que foi vítima de racismo em supermercado de SP Reprodução/TV Globo

A professora Francisca Silvana da Silva denuncia ter sido vítima de racismo em um supermercado na Zona Sul de São Paulo. Ela diz que entrou no estabelecimento para comprar carne, mas desistiu de levar o produto e, na saída, foi abordada por um segurança e acusada de furto.

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O caso ocorreu no último dia 7 de agosto, mas só nesta semana a defesa da vítima recebeu as imagens de câmeras de segurança do supermercado, que mostram que ela, de fato, não furtou nenhum produto. Em entrevista ao jornal «Bom Dia Brasil», da TV Globo, Francisca lamentou o caso e disse ter certeza que foi abordada apenas por ser negra.

«De maneira muito impositiva, ele se direciona na minha frente e me pergunta se eu não ia passar no caixa. E aí eu disse não eu não vou passar no caixa porque eu não estou levando nada do seu estabelecimento, não satisfeito ele disse pra mim: você tem certeza? E eu falei eu tenho certeza», contou a professora.

Francisca relatou, ainda, que o segurança não a deixou ir embora e quis revistar sua bolsa. Ela disse que ele poderia fazer, mas que iria filmar. Ele então chamou a polícia, que não encontrou nada que pudesse incriminar a professora. Após sair do local, Francisca procurou a Polícia Civil e denunciou ter sido vítima de racismo.

O advogado que representa o supermercado destacou que o serviço de fiscal de loja é terceirizado e que vai aguardar a apuração das autoridades.

Outro caso

No último dia 6 de agosto, uma situação semelhante foi registrada envolvendo um cliente negro em um atacadista de Limeira, no interior de São Paulo. Na ocasião, Luiz Carlos da Silva esteve no estabelecimento para verificar o preço de alguns produtos, mas não comprou nada. Quando ele saía do local, sem passar pelos caixas, foi abordado por dois seguranças.

Ele foi questionado se estava furtando algum produto e, mesmo negando, foi obrigado a tirar a roupa e a ficar só de cueca. Outros clientes que estavam no local presenciaram a cena e, revoltados, decidiram gravar a situação e classificaram a ação dos seguranças como racismo.

O caso é apurado pela Polícia Civil, Ministério Público e pela Secretaria Estadual da Justiça e Cidadania de São Paulo.

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