Dois moradores de Araçatuba, no interior de São Paulo, estão entre as vítimas de um assalto realizado por uma quadrilha na madrugada desta segunda-feira (30). Um dos criminosos também morreu na ação, que ainda deixou outras quatro pessoas feridas.
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Segundo a Prefeitura de Araçatuba, um dos mortos é o empresário Renato Bortolucci, dono de um posto de combustíveis da cidade. A Polícia Militar informou que ele foi baleado enquanto filmava a ação dos criminosos. Renato deixou a esposa e duas filhas.
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A outra vítima é o professor de educação física e personal trainer Márcio Márcio Victor Possa da Silva, que foi encontrado já sem vida caído em uma rua. As circunstâncias da morte dele ainda são apuradas pelas autoridades. Ele é filho de um investigador da Polícia Civil.
Segundo a polícia, a terceira morte foi de um criminoso, atingido por tiros durante confronto com a polícia em Taveira, área rural de Araçatuba, por onde a quadrilha fugiu após os ataques. A identidade dele não foi revelada.
Além dos mortos, quatro pessoas ficaram feridas, segundo boletim divulgado pela Santa Casa de Araçatuba. Entre elas está um rapaz de 25 anos que teve os dois pés amputados após passar de bicicleta perto de um dos explosivos deixados pelos bandidos.
O ataque
Três agências bancárias foram atacadas por criminosos fortemente armados na região central de Araçatuba (SP), no início da madrugada desta segunda-feira. Imagens divulgadas por moradores em redes sociais mostram o momento de terror vivido na cidade.
Antes de fugir, os bandidos deixaram pelo menos 40 explosivos em 20 locais da cidade. Eles estão sendo desarmados pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate).
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Por conta disso, o comércio, escolas, fábricas e escritórios da cidade permaneceram fechados nesta segunda-feira. De acordo com o Gate, os explosivos foram montados com sensores de proximidade e podem explodir por qualquer movimento.
De acordo com a polícia, a quadrilha, composto por 20 homens, chegou à cidade por volta da meia-noite, com dez carros, e atacou três agências bancárias. Civis foram amarrados aos carros para serem usados como escudos humanos.
Carros foram queimados nas principais ruas da cidade para atrasar a ação da polícia. Além de espalhar artefatos explosivos em várias áreas da cidade, a quadrilha usou drones para monitorar toda a ação e avisar quando os policiais chegassem.