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Polícias apreendem 93 explosivos deixados por criminosos após mega-assalto em Araçatuba

Polícias Civil e Militar apreenderam 93 explosivos deixados por criminosos que realizaram um mega-assalto a bancos em Araçatuba, SP.

As polícias Civil e Militar apreenderam 93 explosivos deixados por criminosos que realizaram um mega-assalto a bancos em Araçatuba, no interior de São Paulo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), os artefatos foram encontrados nas ruas, nas três agências bancárias atacadas, nos carros abandonados entre Gabriel Monteiro e Bilac e em um caminhão.

Ainda segundo a SSP, os explosivos foram entregues ao Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), sendo que, até o fim da manhã desta terça-feira (31), pelo menos 16 já tinham sido desarmados. No total, são cerca de 100 kg de materiais que poderiam ter sido detonados pela quadrilha nas ruas da cidade.

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A Polícia Federal assumiu a investigação, já que o assalto envolveu o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Por causa do uso de grande quantidade de explosivos, o caso pode ser apurado como crime de terrorismo.

Por enquanto, quatro pessoas foram detidas suspeitas de envolvimento no mega-assalto. São três homens e uma mulher. Um deles foi ouvido e liberado. Os demais seguem sob custódia da polícia.

Carros apreendidos

Sete carros usados pela quadrilha também foram apreendidos. Além de uma Porsche Cayenne, também foram apreendidas uma Mitsubishi Pajero e uma Mitsubishi Outlander. Um deles tinha um dos vidros adaptados para que os tiros de armas de grosso calibre fossem disparados.

Os veículos foram localizados em uma mata que fica entre os municípios de Bilac e Gabriel Monteiro, ambos vizinhos de Araçatuba. Um dos veículos tinha um buraco em um dos vidros do passageiro, por onde era possível disparar tiros de armas de calibre .50, conhecido por ser capaz de derrubar até helicópteros. Ainda de acordo com a polícia, dos veículos encontrados, três foram roubados de moradores durante a fuga.

Também foi encontrado um ônibus abandonado com tambores de gasolina próximo ao pedágio de Glicério. A suspeita é de que o combustível tenha sido usado pelos criminosos para atear fogos em veículos na Rodovia Marechal Rondon.

O ataque

Três agências bancárias foram atacadas por criminosos fortemente armados na região central de Araçatuba, no início da madrugada de segunda-feira (30). Imagens divulgadas por moradores em redes sociais mostram o momento de terror vivido na cidade.

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Antes de fugir, os bandidos deixaram explosivos em 20 locais da cidade. Por conta disso, o comércio, escolas, fábricas e escritórios da cidade permaneceram fechados na segunda-feira. De acordo com o Gate, os explosivos foram montados com sensores de proximidade e podem explodir por qualquer movimento.

De acordo com a polícia, a quadrilha, composto por 20 homens, chegou à cidade por volta da meia-noite, com dez carros, e atacou três agências bancárias. Civis foram amarrados aos carros para serem usados como escudos humanos.

Vítimas

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Dois moradores de Araçatuba estão entre as vítimas fatais do assalto. Um dos criminosos também morreu na ação, que ainda deixou outras quatro pessoas feridas.

Segundo a Prefeitura de Araçatuba, um dos mortos é o empresário Renato Bortolucci, dono de um posto de combustíveis da cidade. A Polícia Militar informou que ele foi baleado enquanto filmava a ação dos criminosos. Renato deixou a esposa e duas filhas.

A outra vítima é o professor de educação física e personal trainer Márcio Márcio Victor Possa da Silva, que foi encontrado já sem vida caído em uma rua. As circunstâncias da morte dele ainda são apuradas pelas autoridades. Ele é filho de um investigador da Polícia Civil.

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Segundo a polícia, a terceira morte foi de um criminoso, atingido por tiros durante confronto com a polícia em Taveira, área rural de Araçatuba, por onde a quadrilha fugiu após os ataques. A identidade dele não foi revelada.

Além dos mortos, quatro pessoas ficaram feridas. Entre elas está um rapaz de 25 anos que perdeu os dois pés na explosão. Ele disse que achava que a bomba era apenas um celular e passava pelo local de bicicleta quando a bomba explodiu. Além dos pés, ele feriu as mãos.

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