Grupos pró e contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conseguiram na Justiça o direito de fazer manifestações no feriado de 7 de setembro, em São Paulo. Por conta disso, as forças policiais se programam para garantir a segurança em diferentes pontos da capital. O governador João Doria (PSDB) ressaltou, em coletiva nesta quarta-feira (1º), que não será permitido o uso e porte de nenhuma arma e que todos serão revistados durante os atos.
«Todos que forem as manifestações, tanto pró quanto contra o presidente, serão revistados, sem exceção. Em hipótese nenhuma será permitido o uso de armamento. Mesmo se for algum policial aposentado, que tem o porte de arma. Se eles forem armados, serão convidados a se retirar», afirmou o governador.
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O secretário de Segurança Pública, general João Campos, destacou que há um trabalho de inteligência sendo estruturado para o dia das manifestações, mas não repassou dados sobre o número de policiais militares que estarão nas ruas. De toda forma, ele garantiu que nenhum agente vai participar dos atos como civil.
«A PM de São Paulo tem 190 anos e é admirada pelo seu trabalho. Mas muito além da história que ela tem, vem a questão do profissionalismo. Tenho absoluta convicção que nossos policiais estarão conscientes e cumprindo as regras. Eles vão cumprir os seus papeis», afirmou Campos.
Na terça-feira (31), foi realizada uma reunião com 43 grupos diferentes, tanto pró quanto contra o presidente, que pretendem se manifestar no feriado. Ficou definido que aqueles que são favoráveis irão se concentrar das 11h às 18h na região da Avenida Paulista, entre a Praça do Ciclistas e a Avenida Brigadeiro Luís Antônio.
Já o ato do Grito dos Excluídos e os movimentos que vão protestar contra o governo ficarão no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade, das 14h às 17h.
A PM ressaltou na reunião com os grupos que será proibido o porte de armas de fogo, armas brancas, bastões, fogos de artifício, drones e outros itens que possam causar danos a outras pessoas.
Decisão judicial
A realização dos dois atos simultaneamente no feriado foi autorizada em decisão liminar pelo juiz Randolfo Ferraz de Campos da 14ª Vara de Fazenda Pública.
O Governo de São Paulo chegou a tentar impedir a manifestação no Vale do Anhangabaú, destacando que o ato na Paulista foi agendado primeiro. No entanto, o juiz entendeu que todos têm o direito de se expressar no Dia da Independência.