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Pelo menos quatro estados brasileiros registram casos da ‘doença da urina preta’

Casos da Síndrome de Haff, conhecida como 'doença da urina preta', são investigados em pelo menos quatro estados do país

Casos da Síndrome de Haff, conhecida como «doença da urina preta», são registrados em pelo menos quatro estados do país. De acordo com o Ministério da Saúde, já há registros confirmados de infecção no Amazonas e na Bahia, mas ainda são esperados o resultado de análises feitas no Ceará e Pará.

A Doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como o tambaqui, o badejo, a arabaiana ou em crustáceos, como a lagosta, o lagostim e o camarão. Ela deixa a urina com coloração escura, provoca dores musculares, falta de ar e insuficiência renal. Em casos mais graves, pode ser preciso fazer hemodiálise.

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O Amazonas registrou pelo menos 61 casos da doença da urina preta em dez municípios do estado, entre eles está o caso de uma mulher de 51 anos morreu em Itacoatiara. Na Bahia, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) registrou 13 casos da doença, sendo que outros cinco ainda estão sob investigação.

No Ceará, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) investiga nove casos suspeitos. Os episódios foram notificados até 21 de agosto deste ano. No Pará, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) revelou que apura três possíveis casos da doença, entre eles de um homem de 55 anos que morreu no último dia 7.

A doença

Com causas ainda pouco conhecidas, a Síndrome de Haff se caracteriza por uma síndrome de rabdomiólise – ruptura de células musculares – sem explicação. Isso predispõe ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular. As pessoas contaminadas podem apresentar dores musculares intensas, atingindo principalmente a região cervical, membros inferiores e superiores.

Autoridades de saúde recomendam que, aos primeiros sintomas, o paciente busque uma unidade de saúde e identifique outros indivíduos que possam ter consumido do mesmo peixe ou crustáceo para captação de possíveis novos casos da doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento dos sintomas, uma vez que assim é possível diminuir a concentração da toxina no sangue, o que favorece sua eliminação através da urina.

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