A jovem Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como “Gatinha da Cracolândia”, presa por tráfico de drogas na região central da capital, disse que nunca vendeu entorpecentes e, sim, era usuária. As declarações foram feitas em entrevista à TV Record, exibida no domingo (19).
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«Não [sou traficante]. Sou usuária. Tinha uns 14, 15 anos [na primeira vez que usou drogas]. Uma vez, me ofereceram maconha e acabei fumando. Eu acabei gostando da sensação, e aí, no outro dia, queria de novo e de novo. Foi aí que percebi que tinha virado dependente. Já usei bala, cocaína, lança-perfume e maconha», afirmou a jovem, que ressaltou que nunca vendeu drogas na Cracolândia e que ia ao local apenas para comprar. Leia também:
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Lorraine foi presa no dia 22 de julho no município de Barueri, na Grande São Paulo, durante a Operação Carontes da Polícia Civil. Ao ser levada, a polícia diz que ela confessou que tinha entorpecentes escondidos em um hotel na região da Cracolândia. No entanto, na entrevista, Lorraine negou essa versão e disse que não guiou os policiais.
A jovem já cumpria prisão domiciliar desde o dia 30 de junho, mas voltou a ser flagrada pelos policiais comercializando as drogas e teve o pedido de prisão feito pelas autoridades. No dia seguinte, a prisão dela foi convertida de temporária para preventiva. Já no último dia 19 de agosto, a Justiça negou um pedido feito pela defesa dela para a prisão domiciliar.
Lucro de R$ 6 mil por dia
De acordo com as investigações, Lorraine lucrava, em média, R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas. Ela pegava um quilo por cerca de R$ 21 mil o vendia por até R$ 35 mil.
Imagens de um relatório da investigação mostram a jovem vendendo drogas dentro de tendas na Cracolândia, ao lado do namorado. Segundo a polícia, ela também era responsável por levar os entorpecentes para abastecer os locais onde eles eram escondidos. Para não chamar a atenção, usava roupas escuras e com capuz na cabeça.
O namorado dela foi preso em junho deste ano e, desde então, a jovem assumiu o comando do comércio de drogas. A investigação aponta que ela era quem fazia os repasses de dinheiro ao PCC, organizava onde os entorpecentes seriam escondidos e ia diretamente para as tendas para atender o “fluxo” de usuários.
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Influencer
Moradora de uma casa comum em Barueri, Lorraine aparece nos relatórios da polícia com o codinome de Lo Bauer e é acusada de atuar em uma das barracas que vendiam drogas na Cracolândia. Nas redes sociais, ela aparentava uma vida confortável.
Antes de ser presa duas vezes por tráfico de drogas em menos de um mês, a jovem branca e loira era seguida por 36 mil pessoas no Instagram e postava fotos em poses sensuais em locais paradisíacos, com praias ou cachoeiras.