A Polícia Civil diz que a morte do médico pediatra Júlio César de Queiroz Teixeira, de 44 anos, baleado dentro do consultório em que trabalhava na cidade de Barra, na Bahia, foi um crime encomendado. De acordo com o delegado Jenivaldo Rodrigues, responsável pelas investigações, dois suspeitos presos disseram que receberam R$ 4 mil do marido de uma mulher, que teria sido assediada pela vítima, para cometer o crime.
Segundo Rodrigues, a polícia trabalha para identificar o homem apontado como mandante do assassinato do médico. Não foram divulgados mais detalhes sobre a motivação do homicídio. «A gente sabe que foi um crime de mando», destacou o delegado.
LEIA TAMBÉM:
- Justiça de São Paulo nega pedido de liberdade para ‘Gatinha da Cracolândia’
- Governo de SP retoma ‘Corujão da Saúde’ voltado a diagnóstico de câncer a partir do dia 1º
- SP começa a aplicar dose de reforço contra covid-19 a profissionais de saúde na segunda-feira, diz Doria
- Em um esforço para completar esquema vacinal da covid-19, SP tem “Dia V” neste sábado
O pediatra foi morto na manhã da última quinta-feira (23) dentro de uma clínica particular que fica na Rua Cardeal da Silva, bairro Rosário. O médico, que também prestava serviços de ultrassonografia, tinha acabado de atender um paciente quando um suspeito entrou no consultório e atirou várias vezes contra Teixeira. Ele chegou a ser socorrido por outros funcionários e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Imagens da câmera de segurança da clínica mostraram o momento em que um homem, usando um capacete, entrou no local. Após efetuar vários disparos, ele fugiu. Pacientes que aguardavam atendimento ficaram desesperados. Veja o vídeo abaixo:
Prisão dos suspeitos
Na segunda-feira (27), a polícia prendeu o homem suspeito de atirar e matar o médico. O homem foi localizado na cidade de Barra. A motocicleta e o capacete utilizados no dia crime foram apreendidos com o suspeito. Já o comparsa dele, que o levou de moto até a clínica, foi preso em seguida no Tocantins.
Antes de concluir que a morte do médico foi encomendada, a polícia disse que apurava se a motivação do crime foi uma denúncia feita pelo médico à família de uma criança de que ela teria sofrido abuso sexual. A mesma suspeita tinha sido levantada por familiares do médico.
Júlio César era natural da cidade de Xique-Xique, que fica a cerca de 700 km de Barra. O corpo dele foi enterrado na manhã de sexta-feira (24) na cidade natal.