Escolher um animal de estimação que se adeque à realidade da família nem sempre é uma tarefa fácil. Muita gente quer adotar um cão ou gato, mas não sabe como avaliar se aquele bichinho será feliz no novo ambiente e, principalmente, se as pessoas que cuidam dele também terão satisfação.
Pensando nisso, o aplicativo PetPonto, conhecido como o «Tinder dos Pets», visa ajudar os futuros donos no momento dessa busca e, principalmente, a encontrar um lar para os milhares de animais que estão disponíveis para adoção pelo país.
Totalmente gratuito, o aplicativo conecta as organizações não-governamentais (ONGs) e protetores independentes, que cuidam dos animais em busca de um novo lar, àquelas pessoas que querem adotar um bichinho. A plataforma está disponível para os sistemas iOS e Android.
Lançado no último dia 26 de agosto, o PetPonto já comemora a adoção de dez animais que estavam disponíveis no aplicativo, além dos outros 60 processos que, até o dia 30 de setembro, estavam em andamento.
«É uma alegria muito grande para a gente ver que as pessoas entraram no aplicativo, deram o ‘match’ nos bichinhos, foram até as ONGs e adotaram. Essa foi a nossa inspiração para lançar o app, que era exatamente contribuir para a causa e ajudar a acabar com o problema dos animais abandonados no nosso país», explicou o sócio-fundador do PetPonto, Alexandre Velilla.
Segundo ele, um time com pessoas experientes em diferentes aéreas decidiu se unir para criar o aplicativo e encontrar uma solução para aproximar aqueles que cuidam dos animais abandonados e os que querem adotar. «Nós temos desde o jornalista Celso Zucatelli, eu que sou CEO de empresas, outras pessoas que vêm da área de tecnologia. Então buscamos uma forma de ajudar de forma digital essa causa de quem quer adotar e pôr fim aos abandonos de animais, que é um problema muito sério na nossa sociedade», afirmou.
Como o app funciona?
Alexandre explica que o app é muito fácil de usar. «Depois que a pessoa baixa o aplicativo, ela tem duas formas para acessar: uma é como representante de uma ONG ou protetor independente (sendo que qualquer pessoa física que está com um bicho sob sua tutela pode fazer o anúncio). Nesse caso, ela preenche o cadastro e inclui os dados do animal que está disponível para adoção. Já a segunda forma é como amigo, que é aquele que quer adotar. Ele também preenche um cadastro, colocando suas informações pessoais, endereço, e depois já pode iniciar a busca», explicou.
O app usa filtros para facilitar a busca e um dos principais pontos é a geolocalização. «A partir do local onde a pessoa está ela pode definir um raio de abrangência e o aplicativo faz a busca dos animais que estão disponíveis naquela área. Além disso, é possível filtrar por raça, se quer macho ou fêmea, idade, porte do animal, se ele é dócil, se é castrado, etc», conta.
Alexandre destaca que duas perguntas também devem ser respondidas, pois são importantes para que o animal certo seja encontrado pelo dono. «Um dos questionamentos que fazemos é se o bichinho terá que se relacionar com outros, pois isso pode ser determinante para algumas raças, e a outra pergunta é se o cão ou gato terá que conviver com crianças, pois o temperamento do animal é determinante nesses casos.»
Depois de preencher todos esses filtros, o PetPonto mostra os animais que se encaixam naquela busca, com fotos, localização e informações sobre os bichos. Caso o amigo dê «match», o app faz a ponte entre o interessado e a ONG ou protetor. Caso ele queira conferir outros animais, ele também pode salvar como favorito e continuar buscando para decidir depois.
Facilidades para adoção e posse responsável
O sócio-fundador do PetPonto diz que o aplicativo também visa facilitar o processo de adoção. Dessa forma, ainda neste mês de outubro, uma nova funcionalidade será lançada, na qual as pessoas já poderão preencher os documentos de adoção na própria plataforma e, em seguida, só compareçam até a ONG para buscar o cão ou gato.
«Queremos desburocratizar esse processo, com segurança, e ajudar cada vez mais a reduzir a papelada e impacto ao meio ambiente. Então, todo o processo poderá ser feito online», disse.
Alexandre explica que o aplicativo vai levar informações às ONGs sobre como podem se tornar formais e obter recursos para cuidar dos animais. «Hoje vemos muitas organizações que estão em situações vulneráveis, pois não sabem como podem captar mais recursos, mais doações. Vamos ensiná-las a como ser mais formais para que consigar desenvolver seus trabalhos de forma mais tranquila e abrangendo um número maior de bichos que estavam abandonados.»
Outro ponto que será abordado é a questão da posse responsável. «Queremos mostrar às pessoas que estão adotando os animais como elas devem cuidar do cão, do gato, para que elas tenham mais prazer nesse processo, que seja um ambiente feliz tanto para a família quanto para o bichinho. Hoje, muita gente acaba abandonando um animal por falta de informação e precisamos de uma educação para mudar esse comportamento. Queremos que essa adoção seja um processo de amor», concluiu.