O ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, suspeito de praticar crimes sexuais contra pacientes durante consultas em Anápolis, em Goiás, tirava fotos das partes íntimas das mulheres, de acordo com a Polícia Civil. A informação é do G1.
Segundo a delegada do caso, Isabella Joy, há relatos de várias vítimas quanto à prática. O médico, de 41 anos, falava que o intuito das imagens era mostrá-las para as pacientes, que pediam que ele as apagasse depois. Não se sabe, porém, se ele de fato as deletava.
LEIA TAMBÉM:
- Prazo para se inscrever no Programa Bolsa do Povo Saúde acaba dia 8
- PF procura 247 por tráfico de drogas e armas pesadas em dez Estados
- Mais de 5 bilhões podem ter dificuldades no acesso à água em 2050
A defesa do ginecologista diz que ele não cometeu nenhum abuso, agindo dentro dos procedimentos da medicina.
Nicodemos chegou a ser preso, mas foi solto na última segunda-feira (4) após decisão judicial.
Mais de 50 denúncias
A Polícia Civil de Goiás montou uma força-tarefa para investigar as denúncias contra Nicodemos. Inicialmente a suspeita era em relação a três casos, porém, após a divulgação da prisão, mais de 50 denúncias contra ele já foram recebidas pela corporação.
Segundo as autoridades, ele praticava atos libidinosos durante consultas ou exames. Por conta da alta quantidade de denúncias, foi necessário convocar mais investigadores e escrivãs para atender as vítimas.
Ainda de acordo com a Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), o médico já foi condenado pelo mesmo crime no Distrito Federal, em 2019. Na ocasião, por ser réu primário, não foi preso. Antes disso, ele também foi denunciado no Paraná, mas o caso foi arquivado em 2018.