O pedreiro que foi preso após estrangular uma jovem de 25 anos e concretar seu corpo na parede de uma casa em obras em São Vicente, no litoral de São Paulo, diz que usava calcinhas que foram encontradas no local do crime. Policiais civis acharam uma sacola cheia de roupas íntimas no imóvel, mas os parentes não reconheceram como sendo da vítima.
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O delegado Thiago Nemi Bonametti disse ao G1 que, ao ser questionado sobre as calcinhas, o homem disse que elas pertenciam a ele. “Segundo o pedreiro, as calcinhas eram porque ele gostava de usar”, afirmou o investigador.
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O pedreiro, que tem 56 anos, foi preso na última terça-feira (5). Segundo a polícia, ele confessou que matou a jovem Joice Maria da Glória Rodrigues, que estava desaparecida há mais de uma semana. O homem disse que teve ajuda de o outro suspeito, que também foi detido, e que colocou o corpo no vão de uma escada, concretando por cima.
Policiais da 3ª Delegacia de Investigações sobre Homicídios do Deic Santos apuraram que a vítima esteve na Rua Senador Lúcio Bittencourt, no bairro Esplanada dos Barreiros. Lá, ela teria se encontrado com o pedreiro. No local, os agentes acharam pinos plásticos vazios, utilizados para armazenar drogas, além da sacola com calcinhas na parte superior da construção.
O proprietário do terreno foi questionado sobre áreas recém concretadas. Ele, a princípio, respondeu que não havia nenhuma, mas observou depois que, embaixo da escada, o vão havia sido fechado com um acabamento mal feito. Ele então golpeou a parede e sentiu um cheiro forte. Acionou novamente os policiais, que derrubaram parte da parede e constataram que lá estava o corpo. A vítima estava nua, com uma camiseta enrolada ao pescoço.
Em um primeiro momento, quando questionado, o pedreiro informou que esteve com a vítima na noite do desaparecimento e que os dois tiveram relações sexuais e usaram drogas. Segundo ele, porém, ela teria ido embora.
Após encontrar o corpo, a polícia se dirigiu à residência do pedreiro e o prendeu em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver e feminicídio.