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Estudo revela que 35 mil crianças e adolescentes foram assassinados no Brasil em 5 anos

Entre os anos 2016 e 2020, o País contabilizou 34.918 mortes violentas intencionais de crianças e adolescentes. Os dados constam em um estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) divulgado nesta sexta-feira (22)

Segundo o levantamento inédito, intitulado “Panorama da violência letal e sexual contra crianças e adolescentes no Brasil”, foram 6.970 mortes por ano no período na média. A grande maioria das vítimas - mais de 31 mil - são adolescentes na faixa etária de 15 e 19 anos. No mesmo intervalo, pelo menos 1.070 de crianças de até 9 anos de idade também perderam a vida de forma violenta.

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As características das mortes são diferentes entre as faixas etárias. Entre as crianças de até 9 anos, 33% das vítimas eram meninas; 44% eram brancas; 40% morreram dentro de casa; 46% das mortes ocorreram pelo uso de arma de fogo e 28% pelo uso de armas brancas ou por agressão física. Já na faixa etária entre 10 e 19 anos, 91% das vítimas eram meninos; 80% eram negras; 13% morrem em casa; 83% das mortes ocorreram em decorrência do uso de armas de fogo.

Meninos negros são a maioria das vítimas em todas as faixas etárias. À medida que a idade avança, a prevalência desse grupo entre as vítimas se intensifica ainda mais. O estudo revelou que, na fase da vida em que ocorre a maior parte das mortes – entre 15 e 19 anos –, meninos negros são quatro em cada cinco vítimas. São também os meninos negros que mais morrem em decorrência de ações policiais.

Violência sexual

Já em se tratando de violência sexual, as meninas são as vítimas mais frequentes, representando cerca de 80% do total. Os abusos costumam acontecer por volta dos 13 anos.

Já para os meninos, os casos concentram-se especialmente entre 3 e 9 anos. Quando as vítimas são adolescentes de 15 anos ou mais, as meninas representaram mais de 90% dos casos.

Ainda de acordo com os pesquisadores, a maioria dos abusos ocorre na residência da vítima e 86% dos autores eram conhecidos das vítimas.

Informações detalhadas sobre o estudo podem ser conferidas aqui.

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