O Conjunto Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, mais conhecido como Complexo do Ibirapuera, localizado na Zona Sul de São Paulo, foi provisoriamente tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A medida foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (4).
ANÚNCIO
Com isso, a partir de agora, nenhuma mudança estrutural poderá ser feita no local sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O governo paulista, que tinha interesse na abertura de um processo de concessão à iniciativa privada para exploração comercial do local, tem um prazo de 15 dias para pedir a impugnação do tombamento. Caso isso não ocorra, a medida se tornará definitiva.
LEIA TAMBÉM:
- Velórios de mortes não relacionadas à covid-19 deixam de ter restrições em SP
- Polícia prende quadrilha suspeita de aplicar golpes em idosos, em SP
- Casal é feito refém durante roubo de carga em Santo André
O tombamento abrange o Ginásio do Ibirapuera, o Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, o Estádio Ícaro de Castro Mello, o Conjunto Aquático Caio Pompeu de Toledo, o Palácio do Judô, quadras de tênis e prédios de administração.
Em novembro do ano passado, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) rejeitou o tombamento do complexo. Na ocasião, o governo estadual destacou que iria “provar a inexistência de interesse histórico de âmbito nacional”.
No entanto, o Iphan, órgão ligado ao Ministério do Turismo, acolheu em 30 de dezembro do ano passado uma solicitação do arquiteto Ricardo Augusto Romano Sant’Anna, frequentador do espaço, para o tombamento. Desde então, o processo paralisou temporariamente o projeto de concessão do complexo à iniciativa privada.
Em maio deste ano, uma equipe técnica do Iphan fez uma visita ao Complexo do Ibirapuera, o que deu novamente andamento ao processo de tombamento. Agora, a medida foi oficializada e aguarda apenas o prazo para questionamento.