Um menino de 2 anos morreu após contrair raiva ao ser mordido por uma raposa, no Povoado de Santa Rita, em Chapadinha, no interior do Maranhão. A criança estava internada há cerca de um mês no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mas não resistiu e faleceu na quarta-feira (3).
ANÚNCIO
O menino Luís Samuel Almeida da Silva foi mordido pelo animal no último dia 4 de agosto, quando foi socorrido e levado a um hospital. Na ocasião, ele foi atendido e liberado, sem que fosse aplicada a vacina antirrábica, o que é o padrão recomendado nesses casos. Assim, após ir e voltar várias vezes da unidade hospitalar, a vítima foi internada no dia 23 de setembro já com sinais avançados da doença.
LEIA TAMBÉM:
- Detentos ateiam fogo em presídios em MG; há vítimas com queimaduras graves
- Homem é preso em flagrante por dar drogas a cachorro, em Cubatão
- Casal é feito refém durante roubo de carga em Santo André
No dia 6 de outubro um exame laboratorial confirmou que o menino estava com raiva, segundo a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão. Por conta da falha inicial no atendimento, a secretaria informou que os médicos envolvidos foram afastados e que o caso segue em apuração.
Esse foi o primeiro caso de raiva registrado no Maranhão desde 2013. Naquele ano, duas pessoas foram vítima da doença nos municípios de Humberto de Campos e São José de Ribamar.
Raiva
Segundo o Ministério da Saúde, a raiva em humanos é uma doença fatal em quase 100% dos casos. A transmissão ocorre por meio da saliva do animal infectado, principalmente pela mordida e, mais raramente, por arranhões ou lambidas.
Os sintomas costumam ser mal-estar, dor de garganta, vômitos, sensação de angústia e o principal: irritabilidade. Com a evolução da doença, o paciente pode sentir espasmos musculares, febres e convulsões.
Além de cães e gatos domésticos, que normalmente são vacinados, a raiva também pode ser transmitida por morcegos e raposas. No caso de agressão por parte de algum animal, a assistência médica deve ser procurada o mais rápido possível. Quanto ao ferimento, deve-se lavar abundantemente com água e sabão e aplicar produto antisséptico. Além disso, segundo o ministério, a única medida a ser tomada após a infecção é a vacinação antirrábica.