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Condenado a 36 anos casal acusado de sequestrar e matar menina Vitória Gabrielly

Menina desapareceu após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, em 2018

Menina desapareceu após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, vizinha a São Roque
Menina desapareceu após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, vizinha a São Roque Reprodução

O casal acusado de sequestrar e matar a menina Vitória Gabrielly quando ela tinha 12 anos, em 2018, foi condenado a 36 anos de prisão, nesta terça-feira, 9, em São Roque, interior de São Paulo. O tribunal do júri considerou o marido, Bruno Marcel de Oliveira, de 37 anos, e sua mulher, Mayara Borges de Abrantes, de 26, culpados pelos crimes - ele recebeu três meses a mais na pena. Além do homicídio, eles foram condenados por sequestro e ocultação de cadáver. Os dois já estavam presos desde a época do crime.

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A menina desapareceu após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, vizinha a São Roque. A cidade se mobilizou em busca da criança. O corpo dela foi encontrado oito dias depois, em uma mata, próxima da cidade. Ela estava com os pés e mãos amarrados e o corpo atado a uma árvore. Os patins foram encontrados ao seu lado. A morte se deu por asfixia. O crime causou grande repercussão. O primeiro a ser preso, o ajudante de pedreiro Júlio César Lima Ergesse, apontou o casal como autor do crime.

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Os dois negaram, mas um cão farejador detectou o cheiro de Vitória na casa de Bruno e o odor dele no local em que o corpo da menina foi encontrado. A investigação apurou que Bruno havia sido contratado por um traficante para dar um susto na filha de um morador da cidade que lhe devia R$ 7 mil por drogas. O casal, no entanto, sequestrou a menina errada. Após descobrir o engano, os dois teriam decidido matar Vitória. Julgado primeiro, Ergesse foi condenado a 34 anos de prisão. A defesa entrou com recurso e a pena foi reduzida para 23 anos.

Desde a época do crime o casal está preso em penitenciárias de Tremembé, no Vale do Paraíba. Durante o julgamento, iniciado na segunda-feira, 8, Mayara optou pelo silêncio e Bruno voltou a negar o crime. A sentença foi dada no final da noite desta terça-feira, 9. O quarto envolvido no crime, Odilan Alves - o traficante que contratou o casal para dar um susto na outra menina - já cumpre pena por tráfico e ainda será julgado pela morte de Vitória. A defesa do casal informou que vai entrar com recurso.

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