Gerar um espaço de reflexão e vínculo do conhecimento científico por uma ação climática coordenada e promover o uso da evidência científica para gerar políticas públicas sustentáveis para a adaptação e mitigação das mudanças climáticas a nível regional foram os principais objetivos da Segunda Conferência Evidência científica e políticas públicas: mudanças climáticas na América Latina e no Caribe, realizada de forma virtual de 7 a 10 de setembro de 2021.
Outro eixo do encontro foi conferir as conclusões e as novas informações científicas do último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), os sistemas de observação e monitoramento das mudanças climáticas e a interface ciências-políticas públicas para a tomada de decisões. Durante quatro dias, autoridades da comunidade científica internacional e de pesquisa, especialistas multissetoriais a nível internacional e representantes de organizações e governos da América Latina e do Caribe compartilharam pontos de vista, reflexões e experiências sobre os resultados do relatório. Na ocasião, o Ministro de Ciências, Tecnologia, Conhecimento e Inovação do Chile, Andrés Couve, destacou que, tendo em vista a COP26, é inevitável fortalecer a colaboração entre a comunidade científica e os formadores de políticas na região.
Na sessão de abertura, o ministro Couve indicou que “na região da América Latina e do Caribe precisamos colaborar para fortalecer a geração de informações, a sistematização e a disponibilização de evidência científica para promover políticas públicas robustas e ambiciosas. Tendo em vista a COP26, vemos nesta conferência uma oportunidade valiosa para fortalecer esse diálogo regional que contribui para colocar as ciências na base das ações de adaptação e mitigação das pessoas e de seus territórios às mudanças climáticas”.
A conferência foi organizada pelo Ministério de Ciências, Tecnologia, Conhecimento e Inovação do Chile em conjunto com o Comitê Científico de Mudanças Climáticas, a União Europeia através do Programa Euroclima+, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e a Fundación MERI. O evento contou ainda com a colaboração do IPCC, do Instituto Interamericano para Pesquisa em Mudanças Globais e da International Network for Government Science Advice.