A Prefeitura de São Paulo informou que vai manter o teleatendimento voltado para saúde mental que foi implantado durante a pandemia de covid-19. O serviço é oferecido por psicólogos e psiquiatras que atuam nos Centros de Convivência e Cooperativa (Ceccos), Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
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De acordo com a administração municipal, a ação, realizada entre o fim do primeiro trimestre de 2020 e setembro deste ano, contou com a participação de 1.246 profissionais, que realizaram mais de 163 mil atendimentos virtuais.
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O serviço de saúde mental à distância contempla todas as regiões da capital. Para ser atendido, é necessário que o munícipe tenha ao menos um atendimento presencial prévio em um dos consultórios.
De acordo com Fábio Dante Rinaldi, psicólogo da Caps Adulto III São Mateus, a qualidade do atendimento não foi comprometida por ser virtual e acabou se multiplicando.
“Com alguns pacientes falamos mais vezes do que faríamos presencialmente, pela facilidade do contato. Cheguei a atender três ou quatro dias por semana pessoas que só atenderia na unidade uma vez, por exemplo, além de conseguirmos intermediar conflitos com a família. Também ajudamos o paciente a fazer uma inserção no mundo digital. Vamos tentando explorar essa nova habilidade, dando dicas de como interagir on-line, ampliar o conhecimento, entrar em redes sociais, escrever blogs, entre outros”, relata.
Segundo Rinaldi, para que esse novo modelo de atendimento fosse possível, uma adaptação foi necessária. “A rotina do Caps era muito olho no olho, no compartilhar; quando a gente não pôde mais trabalhar assim, em grupos, tivemos que nos reinventar. Começamos por telefone, depois videochamada e lives nas redes sociais”, explica.