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Desigualdade é principal fator de prejuízo à saúde mental da população negra, revela pesquisa

Edição de 2021 do levantamento ‘Viver em São Paulo: Relações Raciais’ foi divulgada hoje pela Rede Nossa São Paulo

Racismo estrutural no Brasil precisa ser combatido, e brancos têm papel fundamental
Rede Nossa São Paulo divulgou pesquisa “Viver em São Paulo: Relações Raciais” Rawpixel.com/Freepik (Divulgação)

Uma pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) divulgada nesta quinta-feira (18) revelou que a desigualdade social é o fator que mais contribui para desencadear ou agravar problemas de saúde mental na população negra.

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O problema, que engloba acesso à renda, trabalho, educação, moradia e saúde, foi apontado por 49% dos entrevistados paulistanos. Em seguida, foram elencados o medo constante de sofrer abuso ou violência policial (para 45%) e o temor recorrente de sofrer discriminação ou preconceito racial e não saber como lidar (para 42%).

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A edição de 2021 da pesquisa “Viver em São Paulo: Relações Raciais” revelou ainda que para 47% dos paulistanos a pandemia também teve um impacto maior sobre o trabalho e a capacidade de gerar renda das pessoas negras em relação às brancas.

Espaços públicos

O levantamento apontou leve queda na percepção do preconceito em espaços como shoppings e comércios em relação ao ano anterior, quando havia sido notada uma alta elevada nos números em comparação aos de 2019.

Em seis dos oito locais avaliados prevalece a percepção da maioria da população de que há diferença no tratamento de pessoas negras e brancas e, em todos os locais, os que se autodeclaram pretos e pardos continuam tendo uma percepção mais acentuada sobre a diferença de tratamento, com destaque para hospitais e postos de saúde.

Combate

Indicadores apontam que se espera medidas mais práticas de combate à violência e responsabilização das pessoas brancas. Se informar mais e se educar sobre o assunto segue a opção mais citada quanto ao papel das pessoas brancas no combate ao racismo (56% dos pretos e pardos, subindo 7 pontos em relação ao ano anterior), seguida de intervenção em situações de tratamento diferenciados entre brancos e negros (44% da população total).

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Participar de protestos (físicos ou online) é a opção que apresenta maior queda quando comparado a 2020, passando a ser visto por menos gente como uma ação válida de combate ao racismo. Se reconhecer como parte do problema também cai de forma acentuada (53%, versus 47% de 2020).

Cai também a visão de que punições à policiais que são violentos com pessoas negras podem apoiar na redução do preconceito. Já o aumento da punição por injúria racial e o debate sobre o tema nas escolas apareceram como as medidas que mais contribuem para o combate do racismo.

Mundo corporativo

Quanto ao papel das empresas, 92% da população paulistana afirma que elas devem prevenir e assegurar um ambiente de trabalho sem racismo.

Ao mesmo tempo, 86% da população geral entende que o racismo prejudica o desenvolvimento da cidade.

A pesquisa completa pode ser conferida aqui. Foram realizadas 800 entrevistas com pessoas acima dos 16 anos entre 9 e 16 de agosto.

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