Um casal foi preso suspeito de agredir e torturar uma criança autista de 8 anos, em Sorocaba, no interior de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima foi encontrada em um matagal desorientada e com marcas de violência. Ela foi socorrida por uma testemunha, que acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
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A violência contra a criança ocorreu no último domingo (14), no bairro Vila Barão. Segundo o boletim de ocorrência, o menino andava pela rua, quando viu uma câmera de monitoramento de uma casa, que estava torta. Ele tentava endireitá-la, quando o morador do imóvel apareceu e o levou para dentro. Lá, de acordo com a polícia, o casal torturou a vítima para que ela confessasse quem tinha mandado roubar o equipamento.
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Em seguida, após as agressões, o homem levou o menino para um matagal no bairro, onde o abandonou ferido. Uma testemunha socorreu a criança e acionou o Samu, que encaminhou a vítima a um hospital.
O caso foi denunciado como lesão corporal grave ao 4º Distrito Policial de Sorocaba. As investigações foram iniciadas e, após analisar imagens de câmeras de segurança da região onde o menino foi encontrado, os policiais conseguiram identificar os suspeitos: um homem de 57 anos e uma mulher, de 59. Assim, foram solicitados mandados de busca e apreensão e de prisão temporária.
Prisões
Os policiais foram até a casa dos suspeitos, na quarta-feira (17), onde encontraram as roupas e calçados usados pelo homem no dia do crime cometido contra a criança, além de uma ripa de madeira e um caibro com pregos, usados durante as agressões. O Instituto de Criminalística também compareceu ao local para coleta de material genético, inclusive com o uso de luminol.
“Fora todo material de interesse às investigações do crime de tortura, ainda foram encontrados um revólver calibre 38 e 11 cartuchos íntegros, duas maquinas caça-níqueis, 43 botijões de gás armazenados irregularmente e sete pássaros silvestres que eram mantidos em cativeiro e em situação de maus tratos”, explicou o delegado Fabricio Lopes Ballarini.
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Os objetos foram apreendidos e encaminhados para análise pericial. “As manchas existentes na calça do suspeito já foram confirmadas serem de sangue humano, conforme informações fornecidas por peritos do Instituto de Criminalística. Além disso, também foi coletado material de DNA da vítima para confronto dos materiais genéticos”, completou o delegado.
Na residência, somente foi localizado o homem, que foi indiciado pela prática dos crimes de tortura e tentativa de homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe, crueldade, tortura, impossibilidade de defesa da vítima, além de posse de arma, crimes ambientais e jogo de azar.
Já a mulher, que foi encontrada escondida na casa da filha do casal, em um bairro próximo, responderá pela prática do crime de tortura.
Ainda de acordo com a autoridade policial, a pena de ambos será agravada pelo crime ter sido cometido contra uma criança autista.
