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PF pede ao STJ prisão de padre suspeito de desviar R$ 100 milhões em doações de fiéis, em GO

Padre Robson de Oliveira foi investigado na Operação Vendilhões, mas caso foi bloqueado pela Justiça

Polícia Federal pede prisão de padre Robson ao STJ (Reprodução/Afipe)

A Polícia Federal enviou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) um pedido de prisão contra o padre Robson de Oliveira, suspeito de desviar mais de R$ 100 milhões em doações de fieis feitas à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, Goiás. Ele era reitor do Santuário Divino Pai Eterno e foi investigado pela Operação Vendilhões, do Ministério Público.

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O pedido de prisão foi protocolado junto ao STJ na quarta-feira (17) e deve ser analisado pelo ministro Benedito Gonçalves. O órgão, no entanto, informou que o caso segue em sigilo e que não divulgará informações se a solicitação foi ou não acolhida.

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A denúncia contra o padre ocorreu após a operação investigar desvio de recursos na Afipe, em agosto do ano passado. Na ocasião, o religioso e outras 17 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Porém, o processo foi bloqueado pela Justiça.

A defesa do padre sempre negou as acusações. Agora, sobre o pedido de prisão feito pela PF, destacou que não existe justificativa para a medida, já que ela está baseada em fatos antigos.

Operação Vendilhões

A investigação contra o padre começou quando ele ainda era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Na época, ele foi acusado de criar associações para desviar mais de R$ 100 milhões doados por fieis, comprando casas, fazendas e até um avião.

O Ministério Público teve acesso à áudios, no qual o padre teria sido flagrado negociando com advogados o suposto pagamento de propina a desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), com o objetivo de receber uma decisão favorável em um processo de compra de uma fazenda.

Em outubro do ano passado, no entanto, o TJ-GO determinou o arquivamento das investigações. O Ministério Público recorreu ao STJ, mas, em maio deste ano, o órgão decidiu por manter o caso bloqueado. Novos recursos foram protocolados e os promotores ainda aguardam um parecer final.

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