O Governo de São Paulo anunciou na tarde desta quinta-feira (2) que vai reduzir de 5 para 4 meses o intervalo para aplicação da dose adicional das vacinas contra covid-19. Segundo a pasta, a medida é uma recomendação do Comitê Científico, em meio às confirmações de casos da variante ômicron no país.
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A mudança vale para quem tomou duas doses dos imunizantes do CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer. O governo diz que cerca de 10 milhões de pessoas que se vacinaram nos meses de julho e agosto serão beneficiadas.
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Aqueles que tomaram o imunizante de dose única da Janssen poderão receber a dose adicional do mesmo imunizante com intervalo a partir de 2 meses. No entanto, como não há estoque da vacina no estado, é possível ser administrada uma dose adicional da Pfizer.
O Comitê Científico destacou que para a decisão de reduzir o intervalo para a dose adicional levou em consideração, além do cenário epidemiológico ao redor do mundo, o fato de São Paulo ser uma porta de entrada do país e do Brasil ainda não exigir a obrigatoriedade da apresentação de comprovante de esquema vacinal completo para os viajantes.
“O estado tem hoje condições logísticas e técnicas de ampliar a vacinação e reduzir o intervalo de aplicação das doses para que todos possam estar ainda mais protegidos. Vale ressaltar também a necessidade de quem não tomou ainda a segunda dose, retorne aos postos de saúde para se imunizar”, destacou o Secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
Obrigatoriedade das máscaras
Em função dos casos confirmados da nova variante do coronavírus, o governador João Doria (PSDB) determinou a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção em espaços abertos.
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A flexibilização do uso da máscara estava prevista para o próximo dia 11 e a decisão do governador também atende a recomendação do Comitê Científico.
De acordo com o governo, o Comitê apontou que ainda há muita incerteza sobre o impacto que a nova variante terá sobre a população, principalmente na época das festas de final de ano, quanto há grandes aglomerações e maior incidência de transmissão da doença.
“Decidimos adotar essa medida por prudência com o cenário epidemiológico no estado. Todos os números demonstram que a pandemia está recuando em São Paulo, mas vamos optar pela precaução. O nosso maior compromisso é com a saúde da população”, disse Doria.