Todas as vacinas contra a covid-19 administradas no Brasil têm efetividade, apontou a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) . A informação consta na primeira edição do boletim projeto VigiVac, publicada na última quinta-feira (9).
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O Brasil usa hoje quatro vacinas para imunizar a população contra a doença: Pfizer, AstraZeneca, CoronaVac e Jansen.
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Segundo as análises, considerando internação ou óbito em indivíduos com idade entre 20 e 80 anos de idade, a proteção variou entre 83% e 99% para todos os imunizantes.
Na população abaixo de 60 anos, todas as vacinas apresentam proteção acima de 85% contra risco de hospitalização e acima de 89% para óbito.
Os estudos se baseiam em informações individuais anônimas dos bancos de dados da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, Notificações de Síndromes Gripais e Notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave de janeiro a outubro de 2021.
Veja os resultados das análises de cada vacina:
Coronavac
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A Coronavac apresentou alta efetividade para a população entre 18 e 59 anos, variando de 89% a 95% e de 85% a 91% para óbitos e hospitalizações, respectivamente. Entretanto, houve queda importante na efetividade em pessoas com 60 anos ou mais. Na faixa entre 60 e 69 anos a proteção contra formas graves da doença foi de 81%, chegando a 64% em maiores de 80 anos.
Os pesquisadores afirmam que esta redução na proteção em idosos pode ser explicada por diversos fatores, mas principalmente pelo maior tempo de seguimento, maior tempo desde a última vacinação e pela maior vulnerabilidade do grupo que recebeu o imunizante, já que a Coronavac foi a mais utilizada entre idosos e profissionais prioritários, como da área de saúde e segurança, que são mais expostos ao contágio. Além disso, a vacina foi administrada durante um período de maior circulação do vírus.
AstraZeneca
A AstraZeneca foi a vacina mais utilizada no país, segundo o boletim. Os resultados para a população adulta de até 59 anos mostraram efetividade de 99% do imunizante contra óbitos. A queda da efetividade também acompanhou o aumento da faixa etária. No grupo de pessoas entre 60 e 69 anos a proteção contra infecção foi de 89%, chegando a 82% nos indivíduos acima de 80 anos. Com relação aos óbitos, pessoas acima de 80 anos tiveram proteção de 91%, um pouco menor do que as outras faixas de 60 a 69 e 70 a 79 anos, que tiveram 97% e 93%, respectivamente.
Pfizer
As análises para a população adulta com até 59 anos que recebeu a Pfizer mostraram que a proteção manteve-se acima de 96%. A proteção contra óbito e internação por Covid-19 neste grupo foi de 99%. Os pesquisadores destacam que a Pfizer foi administrada na população mais jovem e em momento epidêmico com menor circulação do vírus, o que pode favorecer a efetividade da vacina.
Janssen
Na população adulta de até 59 anos que recebeu a Janssen, as análises apontaram proteção contra óbito de 78% a 94%. Contra hospitalização a proteção ficou entre 88% e 91% e contra infecção a efetividade foi de 68% a 73%. Para a população idosa, foi possível calcular a efetividade com segurança apenas para a população com 80 anos ou mais, que teve proteção contra óbito de 91% e contra hospitalização de 93%.
O estudo na íntegra pode ser conferido aqui.