Um médico que chamou a mãe de uma criança internada no no HGE (Hospital Geral do Estado), em Maceió, no Estado de Alagoas, de “porca“ foi afastado de suas atividades por pelo menos 30 dias. A Secretaria de Saúde de Alagoas abriu procedimento administrativo contra o profissional, que foi filmado ofendendo a mulher.
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“Diante dos vídeos divulgados pela imprensa alagoana, onde um servidor público do Hospital Geral do Estado agride verbalmente a acompanhante de um paciente, determinamos a imediata abertura de processo administrativo disciplinar e a suspensão preventiva do profissional por 30 dias”, postou o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, na terça-feira (21).
A própria mãe gravou o vídeo, que ganhou repercussão. Nele, ela diz ter encontrado larvas na sonda colocada dois dias antes na barriga do seu filho, de 12 anos. Após reclamar, o médico chega perto e diz: “Deixe de ser histérica, não seja porca! Isso é falta de limpeza”.
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A mulher rebate: “Porco é o senhor! Chega na minha casa para ver como é. Você não pode falar o que não sabe! Desde ontem estou aqui pedindo para olhar o meu filho. Vocês são médicos irresponsáveis! Não é dessa forma que o senhor tem que falar comigo, porque não sou cachorra”.
Em nota, o HGE disse que a criança está internado sob os cuidados da pediatria e que, “a despeito das conversas diárias da equipe multidisciplinar, a mãe tem se mostrado insatisfeita com a velocidade da evolução clínica do paciente. Entretanto, a criança apresenta comorbidades prévias e congênitas associadas, que tornam o tratamento mais prolongado, mas, ainda assim, observa-se melhora clínica significativa no paciente”.
Ainda segundo a nota, a comunicação tem sido um foco importante do tratamento, “compartilhando o plano terapêutico junto da mãe, como forma de permitir que ela tome conhecimento da abordagem atual, bem como dos próximos passos”.
O nome do médico não foi informado pelo hospital.