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Homem negro é torturado em supermercado após suspeita de furto

Vítima teria comprado dois quilos de frango e saía com as compras quando foi abordado por um segurança

Homem negro acusado de furto é torturado em supermercado no Maranhão
Homem negro acusado de furto é torturado em supermercado no Maranhão Divulgação

A Polícia Civil do Maranhão prendeu quatro funcionários que prestam serviço ao Grupo Mateus na última segunda-feira (27) por manter um homem negro de 35 anos sob ameaças, tortura psicológica e cárcere privado por quatro horas dentro de um almoxarifado de um supermercado da rede em Santa Inês.

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A vítima teria comprado dois quilos de frango, saía com as compras e a nota fiscal, após pagar pelos itens no caixa, quando foi abordado por um segurança. O homem foi levado até o setor de gerência do estabelecimento. Lá ele foi fotografado, algemado e amarrado com um pedaço de fio metálico a uma barra de ferro por pelo menos quatro horas. As informações são do UOL.

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O rapaz acabou solto pelos funcionários levando apenas o frango e fez um boletim de ocorrência. Policiais civis foram até o supermercado e levaram os envolvidos à delegacia. Foram presos os fiscais de prevenção de perdas do supermercado Lucas Rocha e Levi Araújo, o vigilante Willamy Antonio e e o subgerente do supermercado, Wellington Rodrigues.

Em relação ao suposto crime de furto, a polícia diz que ainda precisa de investigação.

O Grupo Mateus, por sua vez, afirmou que houve um grande furto de alimentos no supermercado e que o cliente foi mantido preso até que familiares chegassem para pagar os produtos a mais.

“Relatamos que a equipe de segurança interna abortou um caso de furto de inúmeras mercadorias. Foi concedido ao autor um prazo para que a sua família efetuasse o pagamento das mercadorias, evitando assim o registro formal da ocorrência. Sem o comparecimento de familiares, o autor foi embora, tendo a empresa recuperado os mais de 30 produtos furtados. Em represália à apreensão, o mesmo registrou boletim de ocorrência, deturpando os fatos e levando informações distorcidas ao delegado de plantão que apurou preliminarmente o caso. Continuaremos à disposição das autoridades para esclarecer o ocorrido”, disse a empresa, em nota.

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