A mãe do menino de 3 anos, que foi impedido de entrar em um consultório com ela e o irmão, em Minas Gerais, disse que registrou um boletim de ocorrência sobre o caso. “Fiquei muito angustiada. Só que, quando eu vi meus filhos passando muito mal, preferi deixar que fossem atendidos da forma dela [pediatra]”, relatou Laís Teixeira, em entrevista à TV Record.
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O caso aconteceu na noite de terça-feira (4) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A médica pediatra que não permitiu que o garoto entrasse na sala com a mãe e o irmão foi dispensada pela Prefeitura de Santa Luzia. O Conselho Regional de Medicina (CRM) de Minas Gerais também destacou que apura a conduta da profissional.
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Ainda na entrevista, Laís, que é mãe de Pietro, de 3 anos, e Bernardo, de 2, contou que procurou atendimento pois ambos os filhos apresentavam sintomas gripais. Após aguardar, ela disse que a médica não aceitou que ela entrasse no consultório com os dois meninos.
“Quando eu cheguei lá, ela me disse assim: ‘Ô, mãezinha, tem como você pôr um dos dois do lado de fora? Porque eu atendo só um de cada vez, não tem como atender os dois’. Ela disse que os meninos iriam tirar a atenção dela”, afirmou a mãe.
Como estava sozinha com os filhos, Laís disse que teve que deixar o mais velho do lado de fora da sala, mesmo a criança chorando bastante.
Repercussão do caso
Um homem que aguardava atendimento no local ficou revoltado com a situação e gravou o vídeo, que repercutiu nas redes sociais (veja acima). “A mãe tem dois filhos e a médica não quer atender os dois ao mesmo tempo e aí obriga a mãe a deixar uma criança no lado de fora do corredor sozinha. Olha lá, fechou a porta na cara do menino”, diz o autor da gravação.
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Após ter ciência das imagens, a Prefeitura de Santa Luzia informou que “a médica identificada no vídeo que circula nas redes sociais foi dispensada de prestar serviços”.
“Reafirmamos o repúdio à atitude tomada no atendimento realizado na UPA São Benedito, esclarecendo que o tratamento dispensado aos usuários na ocasião não condiz com as diretrizes estabelecidas para atendimento ao público na Administração Municipal de Santa Luzia”, destacou a nota da administração municipal.
Ainda conforme o comunicado, o desligamento da pediatra não comprometeu o atendimento na UPA.
Em nota, o CRM de Minas Gerais também destacou que apura o caso.
“O Conselho Regional de Medicina do Estado de Minas Gerais informa que tomou conhecimento por meio da imprensa da acusação sobre atendimento médico na UPA do bairro São Benedito, em Santa Luzia, em 5 de janeiro de 2022, e que adotou os procedimentos regulamentares necessários à apuração dos fatos, tendo o profissional acusado amplo direito de defesa e ao contraditório. Em conformidade com o Código de Processo Ético Profissional, todos os procedimentos do CRM-MG tramitam em sigilo”, diz o órgão, em nota.