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Máscara de tecido também protege contra a Ômicron, esclarece infectologista

Bloqueio não varia de acordo com a cepa do vírus

Máscaras de tecido podem ser usadas no combate à Ômicron
Máscaras de tecido podem ser usadas no combate à Ômicron Pixabay (Divulgação)

Dizem as “más línguas” que as máscaras de tecido não protegeriam contra a variante Ômicron da covid-19. Grande mentira, segundo a infectologista Raquel Stucchi, membro da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). “Qualquer máscara é melhor do que nenhuma máscara”, assegura.

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Segundo a médica, a proteção oferecida pelas máscaras não varia de acordo com a cepa do vírus. Importante lembrar, contudo, que em se tratando de qualquer uma das variantes, cada tipo de barreira confere um nível de bloqueio.

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“As máscaras de tecido nos protegem, mas em relação às outras máscaras, nos protegem menos. Então, se não houver outra opção, elas devem ser de camada dupla e, se possível, ter um espaço na costura para que se possa colocar, por exemplo, uma folha de filtro de café, a fim de aumentar o poder de filtração”, explica Raquel.

A especialista lembra que as máscaras de tecido são laváveis e, por isso, podem ser reutilizadas. Se for passar o dia fora de casa, o recomendado é carregar máscaras reservas para que sejam trocadas sempre que ficarem úmidas ou sujas. “Quando molhada, ela perde a capacidade de ser uma barreira para evitar a transmissão do vírus.”.

As mais eficientes

As máscaras mais adequadas são as cirúrgicas e as tipo N95 e PFF2, diz a infectologista.

“A cirúrgica é descartável e devemos trocá-la a cada quatro ou seis horas. Se ela ficar úmida com quatro horas, o recomendável é já substitui-la. Se não, com seis horas é preciso fazer isso. Essa máscara não é reutilizável e deve ser jogada no lixo orgânico. Orienta-se ainda que se retire os elásticos que prendem na orelha e, só depois, sejam descartados também”, diz Raquel.

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Já as máscaras que possuem maior poder de barrar a transmissão tanto da covid-19 como da Influenza são as tipo N95 e PFF2, como explica a infectologista. “Logo no início da pandemia elas tinham custo elevado. Hoje, porém, estão bem mais acessíveis. Se a pessoa tiver três delas, é possível fazer rodízio na semana. As que não estão sendo usadas no momento devem ficar ao ar livre”, orienta.

Mantendo-as secas, essas máscaras podem ter uma vida útil de até três meses. “Então é um investimento que vale a pena, tendo em vista sua capacidade de proteção”, diz Raquel.

Por fim, a médica lembra que todas as máscaras, seja de qual tipo forem, devem ficar bem ajustadas ao rosto, cobrindo nariz e queixo. Precisam também ir até a lateral do rosto, mais ou menos dois dedos antes da orelha.

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