O congolês Moïse Kabamgabe foi agredido até a morte por cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. A informação quanto à motivação do crime é da deputada estadual Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro).
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Moïse, de 24 anos, foi espancado no último dia 24 por cinco homens que usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas por câmeras de segurança do quiosque.
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O rapaz foi encontrado em uma escada, amarrado e sem vida. Segundo o IML (Instituto Médico Legal), a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar.
Em depoimento, testemunhas afirmaram que Moïse pediu para não ser morto enquanto era espancado. Uma das linhas de investigação aponta que os homens que o espancaram eram seguranças do quiosque.
Na tarde de ontem (31), a família da vítima foi ouvida pela Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Moïse e seus parentes deixaram a África em 2014 para fugir da guerra e da fome. A mãe acredita que a violência praticada contra seu filho tenha sido motivada por racismo.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.