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Monark diz estar sofrendo ‘linchamento desumano’; Museu do Holocaustro responde

No início da semana, influenciador defendeu formalização de um partido nazista no Brasil

Monark, do Flow Podcast (Divulgação)

O influenciador Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, usou as redes sociais nesta quinta-feira (10) para dizer que está sofrendo um “linchamento desumano” após defendeu a formalização de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira durante episódio do “Flow Podcast”.

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“Eu posso ter errado na forma como eu me expressei, mas oque estão fazendo comigo é um linchamento desumano. Reitero que um nunca apoiei a ideologia nazista e que a considero repugnante. A ideia defendida é que eu prefiro que o inimigo se revele do que fique nas sombras’, escreveu em sua conta no Twitter.

Não demorou para o Museu do Holocaustro no Brasil rebater a fala do influenciador, afirmando que linchamento foi o que  aconteceu com Moïse Kabagambe, jovem congolês brutalmente assassinado em um quiosque no Rio de Janeiro.

“Não, Monark. Linchamento desumano é o que fizeram com Moïse Kabagambe. Você errou, por isso reiteramos nosso convite! De coração aberto! Venha nos visitar, sem alarde, e ver as consequências do inimigo ‘se revelar’”, escreveu a instituição.

Entenda o caso

O então apresentador do “Flow Podcast” defendeu a formalização de um partido nazista junto à Justiça Eleitoral brasileira durante episódio veiculado na segunda-feira (7). Na ocasião, o programa recebia os deputados federais Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tabata Amaral (PSB-SP). Durante uma discussão sobre regimes radicais, Monark saiu em defesa do “direito” de ser antissemita.

Kataguiri, por sua vez, afirmou considerar que a Alemanha errou ao ter criminalizado o partido nazista. “Qual é a melhor maneira de impedir que um discurso mate pessoas e que um grupo étnico racial morra? É criminalizar? Ou é deixar que a sociedade tenha uma rejeição social?”, indagou.

Já Tabata rebateu as falas de Monark, afirmando que o nazismo coloca a população judaica em risco.

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Investigação e demissão

Na terça-feira (8), o procurador-geral da República, Augusto Aras, determinou a abertura de uma investigação para apurar suposto crime de apologia do nazismo praticado por Monark e por Kataguiri;.

No mesmo dia, mais cedo, os Estúdios Flow anunciaram o desligamento de Monark do canal.

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