A tragédia que atingiu Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, já contabiliza mais de 100 mortos, entre eles a pequena Helena, de apenas 1 ano e 11 meses. A mãe da bebê, Giselli Carvalho, disse que a filha foi muito desejada. Foram nove anos até engravidar. A história foi contada pelo G1.
“Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai estar aqui. Demorei nove anos para engravidar, quis fazer as coisas certinhas para ter condições, e só aproveitei a minha filha um ano”, disse Giselli à reportagem do portal de notícias.
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A casa em que a família morava, no Morro da Oficina, veio abaixo. Na hora da tragédia, estavam no local Helena, a mãe de Giselli, Tânia Leite Carvalho, de 55 anos, e a sobrinha Maria Eduarda Carminate Carvalho, de 17. Os corpos das três foram achados juntos, abraçados em um sofá da casa. Giselli estava trabalhando quando tudo aconteceu.
Mãe escava morro com enxada à procura da filha
Uma da cenas mais tristes da tragédia em Petrópolis envolveu a sobrinha de Giselli. Gizelia de Oliveira Carminate, a mãe da garota, passou parte da madrugada e da manhã de ontem tentando encontrar a filha.
Ela chegou antes do Corpo de Bombeiros e cavou em vários locais em busca da filha, retirando pedaços de paus e pedras com as mãos e com a enxada. No começo do dia já havia perdido até parte das unhas e sua mão sangrava com o esforço desesperado.
No início da tarde, ela recebeu a notícia que mais temia: o corpo de sua filha havia sido encontrado nos escombros.
Maria Eduarda, ou Duda, como era carinhosamente conhecida, cursava o ensino médio e trabalhava em um salão de cabeleireiro. Segundo sua mãe, seu sonho era ser modelo e também investia na carreira de digital influencer. Estava na cidade há quatro dias visitando a madrinha.