O padre Nelson Koch, da diocese de Sinop, a 480 quilômetros de Cuiabá, no Mato Grosso, teve prisão preventiva decretada nesta quinta-feira, acusado de estupro de vulnerável e importunação sexual de um adolescente de 15 anos e outro de 17 que trabalhavam na diocese.
De acordo com a polícia, após a prisão mais duas vítimas do padre apareceram na delegacia para depor.
De acordo com as investigações, a mãe de uma das vítimas procurou a polícia para relatar que seu filho teria sofrido abuso sexual em diferentes períodos, desde que ele tinha anos, eplo padre da paróquia São Cristóvão, da Diocese Sagrado Coração de Jesus de Sinop.
O outro adolescente disse que o padre cometeu atos libidinosos contra ele sem seu consentimento nos últimos três anos e o ameaçado, dizendo que era uma pessoa influente na região.
BUSCA E APREENSÃO
Além da prisão preventiva, foi emitido um mandado de busca e apreensão na chácara onde o sacerdote mora, na zona rural de Sinop. A polícia solicitou à Justiça o afastamento do sigilo de dados e a autorização de acesso e extração dos dados contidos em aparelhos eletrônicos do padre.
BISPO EMITE COMUNICADO
O bispo da diocese, Dom Canísio Klaus, emitiu um comunicado sobre a prisão do padre Nelson Koch informando que o próprio sacerdote pediu para se afastar da congregação paras não constranger a igreja.
Leia a íntegra da nota:
“No dia 14 de fevereiro de 2022 às 11:30 Dom Canísio Klaus recebeu e acolheu oficialmente a denúncia de membros de uma família contra a dignidade sexual de um menor por parte do Pe. Nelson Koch.
De imediato encaminhou os seguintes procedimentos:
Convocou imediatamente os seus assessores jurídicos e canônicos, e tendo-os ouvido, chamou o Padre Nelson Koch em particular, apresentando a denúncia contra a sua pessoa.
O padre tendo conhecimento da denúncia, muito triste, disse não ter interesse em constranger a Igreja e o Bispo, por isso de imediato pediu o afastamento do cargo e dos seus ofícios na paróquia, e colocou-se à disposição para ser ouvido e ter tempo necessário para sua defesa.
O bispo acolheu o seu pedido e deu consentimento, emitindo o documento de afastamento, configurando sua saída da paróquia.
Foi nomeado imediatamente uma comissão para conduzir o procedimento administrativo instaurado na Mitra Diocesana.