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Bolsonaro convida príncipe herdeiro saudita para visita ao Brasil

Bolsonaro diz ter ‘certa afinidade’ com o monarca, que governa um regime ultraconservador. Vale lembrar que a Arábia Saudita é uma ditadura.

O presidente Jair Bolsonaro convidou o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, para visitar o Brasil, afirmam fontes do governo. A vinda aconteceria logo mais, em março.

O chefe do Executivo diz ter “certa afinidade” com o monarca, que governa um regime ultraconservador baseado no islamismo. Além disso, o prínicipe é apontado como suspeito do assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018, dissidente no país. Vale lembrar que a Arábia Saudita é uma ditadura.

O convite formal foi feito pela diplomacia brasileira ao ministro dos Negócios Estrangeiros, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, em novembro de 2021.

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Bolsonaro já se encontrou com o saudita outras vezes. A relação entre os dois teve início em junho de 2019, durante encontro do G-20 no Japão. Em outubro daquele mesmo ano, o presidente brasileiro viajou ao Oriente Médio e descreveu o encontro como “muito bom e descontraído”.

O mandatário brasileiro disse a jornalistas que “todo o mundo gostaria de passar a tarde com um príncipe, especialmente as mulheres”. “Tenho uma certa afinidade com o príncipe. Em especial depois do encontro em Osaka”, completou.

A possível vinda de Mohamed ao Brasil foi revelada pelo blog de Natuza Nery no portal G1.

Escolhas de Bolsonaro

Crítico de ditaduras de esquerda, Bolsonaro tem se aproximado cada vez mais de regimes autoritários de direita. Recentemente retornou de uma polêmica visita à Rússia e à Hungria.

As escolhas diplomáticas do presidente renderam críticas. A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta na última sexta-feira (18) que o “Brasil parece estar do lado oposto à comunidade global” no que se refere à crise na Ucrânia.

“Não discuti os comentários dele [Bolsonaro] com o presidente, mas o que diria é que a grande maioria da comunidade global está unida na visão compartilhada de que invadir outro país, tentar tomar parte de suas terras e aterrorizar seu povo certamente não se alinha aos valores globais, então acho que o Brasil parece estar do lado oposto ao da comunidade global”, disse Psaki.

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