Em pronunciamento realizado na tarde desta segunda-feira, 21 de fevereiro, o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu a independência das regiões separatistas de Donetsk e Luhansk na Ucrânia. No entanto, seu discurso deixa aberta a possibilidade de ações mais extremas.
Conforme o pronunciamento realizado pelo presidente russo, as regiões separatistas foram reconhecidas como independentes, adicionando um novo capítulo à crise desencadeada pelas tensões entre Rússia e Ucrânia.
Antes de assinar os documentos e acordos de cooperação com as regiões, agora autodeclaradas Repúblicas de Donetsk e Luhansk, o presidente russo afirmou que a Ucrânia é parte da história da Rússia, conforme transmissão realizada pela CNN.
Relembrando fatos históricos, Putin afirmou que a Ucrânia não conseguiu sua independência sozinha, mas sim graças ao desmembramento da União Soviética após atitudes equivocadas do governo da época.
Fatos históricos foram citados por Putin em seu discurso
Em seu pronunciamento, o presidente russo se pautou em momentos da história da União Soviética e da Ucrânia. Além dos fatos históricos, ele afirma que “oligarcas gananciosos dividem a Ucrânia”, que tem “líderes corruptos que embolsam dinheiro em detrimento de seu povo”.
“Vamos começar reforçando o fato de que a Ucrânia foi inteiramente criada pela Rússia, para ser mais preciso pelos bolcheviques da Rússia comunista. Esse processo foi realizado após a revolução de 1917″, afirma Putin.
Durante seu discurso, Putin ainda fez graves acusações à Ucrânia ao afirmar que o país planeja desenvolver suas próprias armas nucleares.
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“Se a Ucrânia tiver armas de destruição em massa, a situação global mudará drasticamente, não podemos ignorar isso”, reforça.
Para o presidente russo, um dos principais pontos de discussão é a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), envolvendo a junção da Ucrânia ao bloco.
Ele se queixa de que a Otan não cumpriu a promessa de interromper seus projetos de expansão e que, ao avaliar a inclusão da Ucrânia no tratado, estaria utilizando o país como base para realizar ataques contra a Rússia.