Após diversas tentativas das autoridades mundiais em evitar um confronto armado entre Rússia e Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin anunciou uma operação militar na região de Donbas, leste ucraniano que abriga as regiões separatistas de Donetsk e Luhansk, reconhecidas por ele como independentes nesta segunda-feira (21).
Conforme informações divulgadas pela CNN internacional, testemunhas relataram ter visto as tropas russas cruzando as fronteiras ao norte e ao sul do país. Também foram relatadas diversas explosões em várias cidades, incluindo Kiev, capital da Ucrânia.
O presidente russo afirma que haverá derramamento de sangue, a menos que as forças ucranianas entreguem suas armas.
As primeiras explosões foram relatadas por volta das 5 horas da manhã desta quinta-feira (24) e imediatamente provocaram reações nos Estados Unidos e aliados que ameaçaram decretar sanções extremas em resposta aos ataques russos.
Presidente ucraniano decreta a lei marcial
Após as sirenes indicando o início dos ataques aéreos em Kiev, Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, prontamente decretou a lei marcial. Ministros e autoridades do país acusaram a Rússia de lançar uma “invasão em grande escala”.
Segundo posicionamento do ministro de Relações Exteriores da Ucrânia em suas redes sociais, Dmytro Kuleba, “cidades ucranianas pacíficas estão sob greve”, além de ressaltar a desigualdade do conflito entre as nações.
Por sua vez, o início da invasão foi confirmado após um pronunciamento de um dos assessores do ministro do Interior ucraniano, Anton Gerashchenko: “A invasão russa começou com ataque de mísseis em Kiev”.
Putin anuncia operações militares
Apenas algumas horas antes dos ataques serem registrados, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma operação militar na região de Donbas após considerar que a situação envolvendo as regiões de Donetsk e Luhansk, reconhecidas por ele como independentes, estavam sob uma situação de violação ao direito internacional.
Seu discurso, que foi transmitido ao vivo pela televisão nacional russa, conta com um pedido para que as forças armadas ucranianas entreguem suas armas e voltem para casa. Ele reforça que a responsabilidade por uma possível guerra ficará inteiramente na consciência do governo ucraniano.
Ainda em seu pronunciamento, Putin deixa uma clara ameaça a quaisquer países que possam tentar auxiliar a Ucrânia ou intervir na situação.
“Quem quer que tente interferir, e mais ainda criar ameaças ao nosso país, ao nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes vistas em sua história”, afirma.
Por sua vez, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fez um novo apelo pela paz, mas prometeu que o país se defenderia diante da ofensiva russa.
“Se nos atacarem militarmente, se tentarem tirar nossa liberdade, nossas vidas e a vida de nossos filhos, vamos nos defender”.